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Ibovespa B3 sobe 1,39% com suspensão das tarifas de Trump para eletrônicos; dólar cai para R$ 5,85

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta segunda-feira (14) e o que movimentou os ativos

Sinalizações mais positivas vindas do exterior potencializaram os ganhos do Ibovespa B3 na sessão e fizeram o índice fechar em alta firme nesta segunda-feira, com um avanço de 1,39%, aos 129.454 pontos, oscilando entre os 127.683 pontos e os 129.955 pontos.

A suspensão temporária das tarifas recíprocas sobre eletrônicos, anunciada pelos Estados Unidos, deu o primeiro impulso, ao promover um movimento mais favorável a ativos de risco ao redor do mundo ao longo do dia.

Ibovespa hoje

Na sequência, diretores do Federal Reserve (Fed, banco central americano) aventaram sobre a possibilidade de um ciclo de corte de juros mais intenso nos EUA, caso o governo adote uma política tarifária mais dura, o que provocou uma queda mais intensa dos juros futuros e ajudou a ampliar os ganhos do Ibovespa.

Segundo operadores, indícios de compras de investidores estrangeiros também podem ter ajudado o índice na sessão.

As ações da Petrobras encerraram com movimento misto: as ordinárias fecharam em alta de 0,21%, enquanto as PN terminaram em queda de 0,38%.

Quando isso ocorre, participantes citam que pode ter ocorrido compra de investidores internacionais, já que os recibos de ações negociados em NY (ADRs) do papel ordinário da petroleira tende a ser mais líquido.

A sessão também foi de avanço das ações da Vale, que subiram 1,30%. Já as units do BTG Pactual foram o destaque entre as blue chips, com uma alta de 2,41%.

Entre todas as ações do Ibovespa, a maior alta foi registrada pelos papéis da Azul, que tiveram ganhos de 12,33%. A aérea vai realizar uma oferta de ações que pode movimentar até R$ 4,1 bilhões.

Já na ponta contrária, os papéis da Minerva lideraram as perdas, no valor de 2,87%.

O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 16,6 bilhões e de R$ 21,5 bilhões na B3.

Dólar hoje

O dólar comercial registrou queda contra o real, em um dia em que os ativos de risco buscaram recuperação, após forte depreciação na última semana.

Ainda que o otimismo tenha surgido por conta de um recuo do presidente americano, Donald Trump, em tarifar produtos eletrônicos, alguma incerteza permaneceu no radar.

A retomada do real foi mais contida comparada a seus pares, seja porque há preocupação com o ambiente doméstico, em especial com a questão fiscal, seja pela fraqueza de preços de commodities.

Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou queda de 0,34%, cotado a R$ 5,8512, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,8280 e batido na máxima de R$ 5,8741. Já o euro comercial recuou 0,25%, a R$ 6,6412.

No exterior, perto das 17h10, a moeda americana recuava 0,86% ante o peso mexicano e 1,49% contra o rand sul-africano. Já o índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de outras seis divisas fortes, exibia desvalorização de 0,42%, aos 99,684 pontos.

Bolsas de Nova York

As principais bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira (14), na medida em que ações ligadas ao setor de tecnologia se beneficiam do recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que não irá incluir smartphones, equipamentos para a fabricação de chips e certos computadores nas tarifas recíprocas.

No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,78%, aos 40.525,13 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,80%, aos 5.406,03 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,64%, aos 16.831,48 pontos.

Os setores de tecnologia (0,63%) e saúde (1,18%) foram dois dos melhores desempenhos hoje.

As ações da Apple foram uma das mais beneficiadas com o recuo de Trump, subindo 2,21% no fechamento.

Os American Depositary Receipts (ADRs) da chinesa PDD Holdings também tiveram um dos melhores desempenhos, com avanço de 4,73%. Os papéis da Intel (2,89%) também tiveram forte alta. A farmacêutica AstraZeneca teve bom desempenho (2,61%).

Bolsas da Europa

As principais bolsas europeias fecharam esta segunda-feira (14) em um movimento de forte alta, na medida em que as tensões comerciais têm diminuído, especialmente após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que irá excluir smartphones, equipamentos para a fabricação de chips e certos computadores das tarifas recíprocas.

Além disso, os agentes financeiros ficam à espera da decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre política monetária na quinta-feira (17). No fechamento, o índice Stoxx 600 teve alta de 2,78%, aos 500,34 pontos.

O FTSE 100, da Bolsa de Londres, avançou 2,17%, aos 8,136.87 pontos, o DAX, de Frankfurt, subiu 2,93%, aos 20,970.30 pontos, e o CAC 40, de Paris, anotou valorização de 2,61%, aos 7,290.04 pontos.

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