Ibovespa B3 sobe mais de 1% após recuo de Trump sobre China e Powell; dólar cai a R$ 5,71
Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quarta-feira (23) e o que movimentou os ativos
O recuo do presidente americano, Donald Trump, ao negar que pretende demitir o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, e sinalizar redução das tarifas comerciais à China, ajudou a embalar a busca por ativos risco nesta quarta-feira. Com o Ibovespa B3 não foi diferente.
Na máxima do dia, o índice chegou a alcançar os 133.318 pontos, mas desacelerou um pouco na reta final do pregão e fechou com alta de 1,34%, aos 132.216 pontos, distante da máxima de 133.318 pontos.
Ibovespa hoje
No entanto, a declaração dada pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, de que não “haverá redução unilateral de tarifas da China”, reforçando o que foi falado horas antes pelo secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, teve efeito direto sobre os mercados.
Ambas as falas ajudaram a reduzir um pouco do otimismo dos investidores lá fora e aqui perto do fechamento. Os índices americanos fecharam em alta: Nasdaq subiu 2,50%; S&P 500 avançou 1,67%; e o Dow Jones teve ganhos de 1,07%.
Em linha com o avanço mais expressivo nos preços do minério de ferro, as ações da Vale encerraram com alta de 1,19%.
Já os papéis da Petrobras fecharam em queda: as PN recuaram 1,13%. Hoje, os preços do petróleo voltaram a apresentar recuo mais acentuado, em meio a rumores de que membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) desejam aumentar a produção.
Outras petroleiras também sofreram, caso de Prio (-3,26%), PetroReconcavo (-2,60%) e Brava (-0,64%).
Na ponta contrária, as ações da JBS foram destaque na sessão, com um avanço de 6,38%. Ontem, a companhia informou que a Securities and Exchange Comission (SEC), aprovou a listagem das ações da companhia nos Estados Unidos.
O volume financeiro do índice na sessão foi de R$ 18,2 bilhões e de R$ 24,3 bilhões na B3.
Dólar hoje
Pela manhã, o dólar operava em leve queda frente à maioria das moedas emergentes e avançava contra moedas de mercados desenvolvidos, e a dinâmica ganhou força nas primeiras horas de negociação, com a moeda americana chegando a bater no nível de R$ 5,65 na mínima da sessão.
Na parte da tarde, no entanto, dúvidas sobre os próximos passos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ajudaram a reduzir a busca por ativos de risco e a fortalecer o dólar frente a moedas de mercados emergentes.
Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou queda de 0,16%, a R$ 5,7184, depois de bater na mínima de R$ 5,6584 e encostar na máxima de R$ 5,7279.
Já o euro comercial teve queda de 1,01%, a R$ 6,4752.
Perto do horário de fechamento do mercado “spot”, o real listava entre as cinco moedas com melhores desempenhos frente ao dólar. O índice DXY, por sua vez, apreciava 0,94%, aos 99,848 pontos.
Bolsas de Nova York
As principais bolsas de Nova York engataram um segundo pregão seguido de forte valorização nesta quarta-feira (23), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter suavizado sua postura frente à guerra tarifária com a China e recuado em sua retórica contra o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.
O republicano, no entanto, deve falar após o fechamento do mercado, às 18h (horário de Brasília), provavelmente sobre os últimos acontecimentos na política comercial do país.
No fechamento, o índice Dow Jones subiu 1,07%, aos 39.606,57 pontos, enquanto o S&P 500 teve alta de 1,67%, aos 5.375,82 pontos.
Já o Nasdaq subiu 2,50%, aos 16.708,05 pontos, puxado pela alta no setor de tecnologia (2,92%) e de ações ligadas à China.
As ações da Tesla subiram 5,33%, mesmo após a divulgação de resultados trimestrais abaixo do esperado pelo mercado, devido à indicação de que Elon Musk está se afastando de seus papéis políticos para focar na empresa. A Apple, que tem grande parte de sua produção na China, teve alta de 2,38%. A Nvidia subiu 3,67%.
Bolsas da Europa
As principais bolsas da Europa fecharam esta quarta-feira (23) em forte alta, reagindo aos indícios de um alívio nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
O bom humor nos mercados globais foi suficiente para que os agentes financeiros ignorassem os dados fracos de atividade medidos pelo índice gerente de compras (PMI) do bloco.
No fechamento, o índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 1,89%, aos 517,30 pontos. Os setores mais beneficiados foram os de tecnologia (+4,74%) e finanças (+3,93%), com destaque para as ações da alemã SAP, que subiram 11,03% após a divulgação de seus resultados trimestrais, e do banco britânico Barclays, com avanço de 5,16%.
O FTSE 100, da Bolsa de Londres, subiu 1%, aos 8.411,82 pontos, o DAX, de Frankfurt, escalou 3,22%, aos 21.979,41 pontos, e o CAC 40, de Paris, anotou alta de 2,41%, aos 7.503,17 pontos.
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