Mercado

Ibovespa cai 0,13% nesta sexta e fecha semana com perda de 0,46%; dólar sobe 0,74%, cotado a R$ 5,70

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta sexta-feira (25) e o que movimentou os ativos

Depois de ensaiar uma alta e avançar até os 130.529 pontos, o Ibovespa voltou a encerrar no negativo no pregão de hoje, com queda de 0,13%, aos 129.893 pontos.

Ibovespa hoje

Na mínima, o índice chegou a bater 129.806 pontos.

A subida mais expressiva dos juros futuros no fim da sessão ajudou a limitar maiores avanços do índice em um dia de forte alta das ações da Vale (VALE3), que avançaram 3,40%, a R$ 61,73.

A companhia chegou a um acordo sobre a tragédia de Mariana (MG).

Além disso, o balanço reportado para o terceiro trimestre animou analistas ao superar as expectativas. O volume negociado dos papéis da mineradora ultrapassou R$ 2,4 bilhões na sessão.

Já o volume financeiro do Ibovespa seguiu reduzido e foi de R$ 15,6 bilhões no índice e de R$ 19,8 bilhões na B3.

O índice recuou 0,46% na semana, diante de temores com o cenário fiscal e do estresse visto na curva de juros.

Dólar hoje

O dólar comercial encerrou a sessão e a semana em alta contra a moeda brasileira.

A dinâmica do câmbio doméstico foi semelhante à observada em mercados pares emergentes, em mais um dia em que a força da moeda americana esteve sustentada pelas incertezas sobre o futuro da política monetária dos Estados Unidos.

Assim como pelas dúvidas sobre o resultado das eleições presidenciais no país (com os rendimentos dos Treasuries voltando a avançar).

Além disso, o dólar exibiu alta frente ao real em meio a ajustes na percepção de risco local, em um momento em que os ativos se mostram mais sensíveis à política econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O dólar comercial fechou as negociações de hoje em alta de 0,74%, cotado a R$ 5,7046, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,6666 e batido na máxima de R$ 5,7131.

Na semana, o dólar teve apreciação de 0,12%.

Já o euro comercial exibiu valorização de 0,43%, a R$ 6,1587 na sessão.

No exterior, perto das 17h10 o dólar também apreciava 0,75% ante o won sul-coreano, 0,74% ante o peso colombiano e 0,79% ante o peso mexicano.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam sem uma direção definida, com Nasdaq encerrando o dia em território positivo – e chegando a registrar um recorde intradiário – enquanto índice Dow Jones e S&P 500 amargaram perdas.

O S&P 500 operou no azul a maior parte do pregão e “virou” para o negativo nos últimos minutos de negociação.

No fechamento, o índice Dow Jones caía 0,61% a 42.114,40, o S&P 500 recuava 0,03% a 5.808,12 e o Nasdaq avançou 0,56%.

No geral, a semana foi ruim para as bolsas, com Dow perdendo 2,68%S&P 500 recuando 0,96% e Nasdaq subindo meros 0,16%.

É a primeira perda semanal do S&P 500 e da Dow depois de seis semanas de altas consecutivas.

Nasdaq recebeu auxílio das megacaps que voltaram a subir hoje, registrando um novo recorde de 18.690 no meio do pregão, antes de apagar parte dos ganhos.

A empresa de semicondutores GlobalFoundries subiu 3,4%, Tesla ganhou 3,36%, Intel avançou 1,52% e Nvidia registrou alta de 0,80%.

Os setores de tecnologia e serviços de comunicação foram os ganhadores do dia, com altas de 0,59% e 0,71% respectivamente, enquanto o setor financeiro recuou 1,05% e o de concessionárias caiu 1,46%.

Dow foi pressionada por uma queda generalizada das ações, com destaque para McDonald’s, que caiu 3% à medida que aumentam os casos de contaminação de E.Coli vinculadas a seus sanduíches.

Bolsas da Europa

As bolsas da Europa fecharam com ligeira queda nesta sexta-feira em um pregão com pouca volatilidade à medida que os investidores esperam dados importantes na semana que vem, como o orçamento britânico e o relatório de empregos dos EUA.

A exceção foi Frankfurt, com o Dax alemão sendo impulsionado pela melhora do sentimento econômico no país.

No fechamento, o índice Stoxx caía 0,04% a 518,80, o FTSE da bolsa de Londres recuava 0,25% a 8.248,84 pontos e o CAC 40 de Paris perdia 0,01% a 7.512,00. Já o Dax alemão subiu 0,10% a 19.463,59.

Sem muitos dados econômicos para direcionar os negócios, as bolsas tiveram mais um pregão influenciado por balanços de empresas.

Em Londres, contudo, as ações de vários bancos – como Lloyds e Barclays – recuaram depois de uma decisão da Justiça britânica determinar que as comissões cobradas em financiamento de automóveis sejam informadas de forma clara para os consumidores – a falta de informações teria levado a uma cobrança excessiva de comissões.

Lloyds caiu 7% e Barclays recuou 2,5%.

As perdas foram limitadas pela alta das ações de mineradoras, depois que o minério de ferro disparou quase 3%.

Anglo American subiu 2%, Rio Tinto avançou 1,9% e Glencore ganhou 1,5%.

Na Alemanha, a Mercedes-Benz caiu 1% depois de divulgar queda nos lucros.

Porém, o Dax recebeu suporte do índice IFO de sentimento econômico que mostrou um crescimento de 85,4 em setembro para 86,5 em outubro, a primeira expansão do indicador em seis meses.

Mais cedo, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, voltou a criticar a aplicação de barreiras comerciais, o que poderia fragmentar a cadeia de suprimentos e levar a uma espiral inflacionária.

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