Ibovespa cai 0,38%, na contramão de NY, e recua aos 130 mil pontos; dólar tem alta discreta
Índice sofreu com a inflação medida pelo IPC-S, que aponta impacto das queimadas sobre o preço de itens básicos, o que reduz otimismo
O Ibovespa encerrou o pregão em queda de 0,38%, aos 130.568,37 pontos nesta segunda-feira (23). O dólar fechou a sessão em alta de 0,25%, cotado a R$ 5,53. Na mínima intradiária, o índice brasileiro chegou a tocar os 130.100 pontos, e na máxima, bateu os 131.065 pontos. A alta de ações de commodities avançaram 1,02%, a R$ 36,63, enquanto as ON subiram 1,26%, a R$ 40,20.
Ibovespa
“Olhando para o cenário interno, a inflação não está dando respiro. O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal ) da segunda quadrissemana de setembro de 2024 subiu 0,21%, o que já mostra que as queimadas que o território nacional tem sofrido vão afetar e muito a inflação do país”, diz Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.
Além disso, pesa o fato de o boletim Focus desta segunda ter mostrado uma projeção de aumento do IPCA para 2024 em 4,35% (antes 4,30%), e para 2025 3,95% (antes 3,92%).
Dólar
Além disso, o Focus mostrou projeção do dólar com teve um leve aumento: para R$ 5,40 (antes R$ 5,35) em 2024 e R$ 5,35 (antes R$ 5,30) em 2025.
O dólar à vista registrou leve valorização frente ao real nesta segunda-feira, com os agentes financeiros de olho nas discussões envolvendo a dívida pública brasileira. Apesar disso, a moeda americana se distanciou das máximas observadas no começo do pregão, em meio a algum alívio relacionado a moedas ligadas a commodities e também após comentários da equipe do Ministério do Planejamento que, segundo operadores, podem ter ajudado a reduzir a pressão sobre o real.
Terminadas as negociações, o dólar comercial encerrou em alta de 0,25%, cotado a R$ 5,5344, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,5273 e tocado na máxima de R$ 5,5979. Já o euro comercial exibiu depreciação de 0,18%, a R$ 6,1509, em um dia em que a moeda europeia sofreu após dados fracos da economia da região. Perto do fechamento do mercado à vista, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,17%, aos 100,896 pontos.
Bolsas de Nova York na contramão do Ibovespa
Os principais índices acionários de Nova York encerraram o dia em leve alta, após declarações de membros do Federal Reserve (Fed) ao longo do dia fazerem os investidores aumentarem as expectativas de que a autarquia fará mais cortes nos juros neste ano.
Destaque para o comentário de Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, que disse que as taxas precisam continuar caindo para que a economia faça um pouso suave.
O índice S&P 500 subiu 0,28%, a 5.718,57 pontos, atingindo novo recorde de fechamento.
O Dow Jones teve alta de 0,15%, a 42.124,65 pontos e o Nasdaq avançou 0,14%, a 17.974,27 pontos.
Europa
As principais bolsas da Europa encerraram a sessão em alta, mas com ganhos foram limitados, à medida que dados de atividade da zona do euro e da Alemanha vieram fracos, despertando preocupação entre os investidores.
O índice Stoxx 600 subiu 0,40%, a 516,32 pontos. O CAC 40, de Paris, teve alta de 0,10%, para 7.508,08 pontos. O DAX de Frankfurt, por sua vez, avançou 0,68% a 18.846,79 pontos. O FTSE, de Londres, fechou em alta de 0,36%, a 8.259,71 pontos.
*Com informações do Valor Econômico
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