Mercado

Ibovespa fecha em queda de 0,87% e vai ao menor patamar em 6 meses; dólar sobe mais de 1% e bate R$ 5,20

Índice ficou em 122.707,28 pontos e ainda teve reflexo dos números do desemprego e dos indicadores fiscais

Painel de ações da bolsa. Foto: Divulgação/B3
Ibovespa fecha em queda de 0,01%. Foto: Divulgação/B3

O Ibovespa fechou em baixa de 0,87%, aos 122.707,28 pontos nesta quarta-feira (29), no menor patamar de fechamento desde 13 de novembro. Já o dólar teve alta de 1,06%, cotado a R$ 5,20. Esse foi o oitavo recuo do Ibovespa nas últimas dez sessões, novamente pressionado pelo avanço dos juros nos Estados Unidos, diante de dados de atividade ainda robustos e da baixa demanda por Treasuries nos leilões do Tesouro americano. Além disso, houve reflexo do aperto do mercado de trabalho local brasileiro e a decepção com indicadores fiscais.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 14,29 bilhões no Ibovespa e R$ 18,97 bilhões na B3 . Em Nova York, o S&P 500 cedeu 0,74%, aos 5.266 pontos, Dow Jones fechou em queda de 1,06%, aos 38.441 pontos e Nasdaq caiu 0,58%, aos 16.920 pontos.

Dólar

O dólar comercial exibiu apreciação forte em linha com o observado no exterior. Além do externo, operadores mencionaram como suporte para a dinâmica de hoje a percepção de risco maior no cenário doméstico com a política monetária e com a política fiscal, ainda que com peso menor, se comparado aos efeitos globais.

Terminadas as negociações, o dólar comercial encerrou negociado em alta de 1,06%, a R$ 5,20, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,1670 e encostado na máxima de R$ 5,2137. Já o euro comercial exibiu valorização de 0,51%, a R$ 5,6257. Todas as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor desvalorizavam frente ao dólar perto das 17h. A maior depreciação vinha de divisas de mercados emergentes, com o dólar avançando 1,54% contra o florim húngaro; 0,91% contra o peso mexicano; 1,61% ante o peso chileno; e 0,27% contra o peso colombiano.

Ações em alta

Veja os papéis com as maiores altas

  • Biomm (BIOM3) 10,03%
  • Clearsale (CLSA3) 9,33%
  • Light (LIGT3) 5,31%
  • C&A (CEAB3) 5,25%
  • CBA (CBAV3) 5,20%

Ações em baixa

  • Gol (GOLL4) -10,16%
  • Dasa (DASA3) -7,79%
  • Hypera (HYPE3) -6,02%
  • Ânima (ANIM3) -6,01%
  • Pague Menos (PGMN3) -5,24%

Os rankings contemplam ações com volume alto, que estão ou não no Ibovespa e outros índices. As cotações foram apuradas entre as 17h55 e as 18h04.

Bolsas mundiais: Nova York e Europa

Os principais índices acionários da Europa e dos Estados Unidos fecharam no vermelho em meio aos temores de avanço da inflação na União Europeia e nos Estados Unidos.

Com isso, a pressão da alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries, atingiu o maior nível desde o início de maio.

Assim, o índice Dow Jones caiu 1,06%, a 38.441,54 pontos; o S&P 500 recuou 0,74%, a 5.266,95 pontos; e o Nasdaq cedeu 0,58%, a 16.920,58 pontos.

O índice Stoxx 600 caiu 1,06%, a 513,57 pontos. O setor de minérios liderou as perdas, caindo 2,12%. O Dax de Frankfurt recuou 1,10% a 18.473,29 pontos; e o Cac 40, de Paris, caiu 1,52%, para 7.935,03 pontos. O FTSE, da bolsa de Londres, teve queda de 0,85%, para 8.183,70 pontos.

Dados divulgados mais cedo mostraram que o índice de preços ao consumidor (CPI) da Alemanha ficou em 2,4% em maio ante abril, avançando em relação aos 2,2% do mês anterior, segundo dados preliminares. O foco agora são os dados de inflação da zona do euro e dos Estados Unidos, que saem sexta-feira.

Entre as empresas, a gigante da mineração Anglo American foi o destaque negativo da sessão, fechando com recuo de 3,05%, depois que o Grupo BHP, que fez uma oferta pública de aquisição da empresa, informar que precisa de mais tempo para as negociações.

*Com informações do Valor Econômico

Quer saber mais sobre investimentos? Confira esse curso gratuito sobre como começar a investir!