Mercado

Ibovespa desafia quedas de Petrobras e Nova York e fecha em alta de 0,2%; dólar cai

Veja a movimentação do Ibovespa e dólar nesta quinta-feira (16) e o que impactou o comportamento dos ativos

Painel de ações na B3. Foto: Divulgação B3
Ibovespa tem alta de 1,23% nesta quinta-feira (6). Foto: Divulgação B3

A bolsa de valores hoje fecha em alta com frigoríficos puxando os ganhos do Ibovespa, enquanto o dólar caía. O principal índice da bolsa avançou na contramão das bolsas de Nova York e das ações da Petrobras, que desceram perto de 3% (PETR4) e 2% (PETR3).

Também seguiu repercutindo a inflação americana, divulgada ontem, que veio abaixo do esperado. O dado havia evitado queda maior da bolsa ontem, quando a Petrobras liderou as perdas no Ibovespa.

Assim, hoje, o Ibovespa termina o dia com alta de 0,20%, a 128.283 pontos.

Ações em alta

Veja as maiores altas da bolsa de valores hoje.

  • Gafisa (GFSA3) 24,28%
  • AES (AESB3) 13,80%
  • Minerva (BEEF3) 9,38%
  • D100 (DMVF3) 8,27%
  • Oncoclínicas (ONCO3) 7,02%

Ações em baixa

Confira também as que tiveram as piores quedas.

  • Agrogalaxy (AGXY3) -16,77%
  • Brisanet (BRIT3) -14,11%
  • CVC (CVCB3) -7,44%
  • IMC (MEAL3) -5,92%
  • Lojas Quero-Quero (LJQQ3) -5,77%

Os rankings incluem ações com alto volume, que compõem ou não o Ibovespa e outros índices. As cotações foram apuradas entre as 17h52 e as 17h57.

Dólar hoje

Simultaneamente, o dólar fechou em queda de 0,13%, a R$ 5,1301.

Contudo, no cenário internacional, a moeda americana apresentou queda. O DXY, índice global do dólar, desceu 0,17%, a 104,52 pontos.

Bolsas mundiais: Nova York

As bolsas de Nova York encerraram o pregão de hoje em território negativo, após perderem força ao longo da tarde enquanto o mercado reagia ao tom conservador de dirigentes do Federal Reserve  (Fed).

O índice Dow Jones  fechou em queda de 0,10%, a 39.869,38 pontos; o S&P 500 recuou 0,21%, a 5.297,10 pontos; e o Nasdaq cedeu 0,26%, a 16.698,32 pontos.

Antes mesmo da abertura do pregão, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, afirmou em entrevista à Reuters que, no momento, não vê necessidade de cortes de juros neste ano. Pouco depois, Thomas Barkin, da distrital de Richmond, disse que a inflação ainda não atingiu o patamar desejado pelo Fed, apesar da melhora dos números em abril.

O humor do mercado piorou de vez com o discurso da presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, que não descartou subir novamente os juros e considerou que mantê-los em patamar elevado por um tempo maior parece ser a opção mais prudente no momento.

Assim, os índices nova-iorquinos não conseguiram sustentar os novos recordes intradiários atingidos mais cedo. O Dow Jones, por exemplo, chegou ao patamar de 40 mil pontos pela primeira vez em sua história.

Europa

Os principais índices acionários da Europa encerraram a sessão desta quinta-feira (16) em queda, destoando da onda otimista que tomou os mercados globais desde ontem, após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que desacelerou em abril e elevou as esperanças de cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Pesaram negativamente, hoje, nos índices, o desempenho de companhias que divulgaram seus resultados trimestrais.

O índice Stoxx 600 caiu 0,24%, a 523,43 pontos, com o setor automobilístico liderando os ganhos, ao subir 1,4%. O DAX, de Frankfurt, recuou 0,69%, a 18.738,81 pontos, o CAC 40, de Paris, caiu 0,63%, para 8.225,80 pontos, e o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou baixa marginal de 0,08%, para 8.438,65 pontos.

O destaque de queda da sessão ficou com a companhia aérea de baixo custo Easyjet, que fechou com perdas de 5,99%, após reportar um prejuízo acima do esperado no primeiro trimestre. Por sua vez, os papéis do Sage Group afundaram 9,5%, após a empresa reduzir suas projeções para o ano em seu balanço .

Na ponta positiva, o BT Group fechou em alta de 17,2%, após a empresa britânica reportar um aumento na receita no primeiro trimestre e anunciar um plano de corte de custos bilionário.

Falas do BC e inflação mexem com a bolsa de valores hoje

No Brasil, o Banco Central permanece em foco com uma palestra de Diogo Guillen, diretor de política econômica da instituição, em meio às apostas do mercado em uma Selic  terminal de 10,50%, sem novos cortes previstos esse ano.

No campo da inflação, o IGP-10 mostrou uma inflação de 1,08% em maio, acelerando da deflação de 0,33% verificada em abril. Isso pode afetar negativamente a bolsa de valores hoje, tendo em vista que isso esse indicador aponta para uma pressão no IPCA.

“Os juros futuros ainda podem refletir o leilão de títulos prefixados, que ocorre no fim da manhã. No âmbito corporativo, o destaque fica com a Sabesp, com a notícias de que seus debenturistas aprovaram a alteração de controle da empresa”, complementa a Guide.

CPI ainda rende e ajuda em movimento positivo do Ibovespa

A bolsa de valores hoje avançou também com os dados de inflação – abaixo do esperado – ainda ecoando no mercado.

“Contudo, essa leitura de inflação (nos EUA) não alterou o tom dos comentários dos dirigentes do Federal Reserve”, diz a Guide em relatório divulgado nesta quinta-feira (16).

Neel Kashari, de Minneapolis, disse que o Fed provavelmente precisará manter as taxas de juros atuais “por mais algum tempo”.

Austan Goolsbee, de Chicago, afirmou que a desaceleração no crescimento dos preços é bem-vinda, mas que ainda não há progresso suficiente que justifique corte nas taxas.

Além disso, está na agenda desta quinta a divulgação da distribuição de auxílio-desemprego nos EUA, que pode impactar a bolsa de valores hoje.

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