Mercado

Ibovespa encerra estável com Lei das Estatais parada no Senado

Bolsa do Brasil (B3) fechou praticamente estável, em leve queda de 0,01% aos 103.737 pontos. Dólar encerrou com elevação de 0,25% a R$ 5,31, em linha com exterior

Balcão da b3 em frente a uma tela com gráficos
O Ibovespa é o principal índice de ações da B3. Ele registra o desempenho do mercado durante o pregão.

A Bolsa do Brasil (B3) encerrou o penúltimo pregão da semana próxima da estabilidade, apesar do dia mais uma vez ter sido marcado por forte volatilidade. Os investidores se animaram com a notícia de que as mudanças na Lei das Estatais haviam perdido força no Senado – o projeto não está na pauta da casa. Com isso, as ações da Petrobras e do Banco do Brasil voltaram para o positivo, após a queda forte de ontem.

O avanço do Ibovespa só não foi maior por conta de dois fatores. O primeiro: a declaração do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que não se cuida dos pobres se ficar olhando a política fiscal. O segundo: o mau humor internacional diante da declaração do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, da necessidade de estabilizar os preços e que os juros podem demorar mais para cair do que o mercado esperava.

Diante desses cenários, o índice da Bolsa do Brasil fechou em leve baixa de 0,01%, aos 103.737 pontos. Na máxima do dia atingiu 105.483 pontos. Os papéis preferências da Petrobras (PETR4) avançaram 2,52% e os ordinários (PETR3) subiram 2,80%. As ações com direito a voto do Banco do Brasil (BBAS3) encerraram em alta de 2,41%.

No câmbio, o dólar comercial seguiu a tendência do exterior e fechou com valorização de 0,25%, negociado a R$ 5,31 – após atingir a máxima de R$ 5,34.

Lei das Estatais

O projeto aprovado nesta semana pela Câmara altera a Lei das Estatais que tem como um dos objetivos barrar interferências políticas nas empresas vinculadas ao governo federal. A lei está em vigor desde 2016.

Pela mudança proposta, o projeto diminui de 36 meses para 30 dias a quarentena de pessoas indicadas à presidência ou à direção de empresas públicas que tenham ocupado estrutura decisória de partido ou participado de campanhas eleitorais.

As alterações, que seriam discutidas no Senado nesta quinta-feira, estacionaram na casa.