Ibovespa encerra sessão em alta, mas recua na semana; dólar fecha abaixo de R$ 5
Perspectiva positiva para o PIB brasileiro, alívio sobre o teto da dívida e esfriamento da economia dos EUA mexeram com o mercado
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fecha em forte alta o pregão desta sexta-feira (2), subindo 1,81%, aos 112.567,03 pontos. Com uma agenda política esvaziada no cenário nacional, os investidores se debruçaram sobre as revisões para projeções do PIB no âmbito interno, além de questões relacionadas à dívida americana e a situação econômica daquele país.
Apesar da forte alta nas sessões de quinta e sexta, o principal índice da bolsa fechou a semana em queda, de 0,29%. No ano, o resultado é ligeiramente positivo: +0,77%.
O otimismo nesta sexta afetou também o desempenho da moeda brasileira, com o real se valorizando em relação ao dólar. No fechamento, a moeda norte-americana desceu 1,04%, cotada a R$ 4,9533.
PIB
O Goldman Sachs revisou a projeção para a economia brasileira de crescimento de 1,75% para 2,6% ao final de 2023. Já o Bank of America, que tinha previsto alta do PIB de 0,9%, passou a projetar crescimento de 2,3%. Por fim, o Morgan Stanley prevê um crescimento de 2,4%, contra 1,7% projetado anteriormente.
No cenário econômico, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe, referente ao mês de maio será divulgado, além dos dados da Produção Industrial de abril e a taxa de 12 meses.
Relatório de emprego nos EUA
No cenário global, a grande notícia é o relatório do payroll, que mede a temperatura do mercado de trabalho nos Estados Unidos e é utilizado como um dos indicadores pelo Fed para balizar a política de juros.
O relatório mostrou criação de 339 mil empregos em maio, segundo o Departamento do Trabalho, bem acima da mediana das expectativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 200 mil.
Já a taxa de desemprego subiu de 3,5% em abril para 3,7% em maio, ante projeção de queda a 3,4% dos analistas.
O salário médio por hora teve crescimento de 0,3% em maio, na comparação com abril, em linha com a projeção de analistas.
Teto da dívida
O Senado americano aprovou, na última quinta-feira (1), a suspensão do teto da dívida de US$ 31,4 trilhões dos Estados Unidos.
O impasse relacionado à suspensão levantou suspeitas no mercado de que os EUA poderiam dar um calote histórico em seus credores, temor que foi abandonado pelo mercado após acordo envolvendo democratas e republicanos para resolver a questão fiscal americana.
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