Ibovespa fecha em alta com cenário doméstico favorável; dólar tem leve queda
Investidores repercutiram principalmente a melhora em perspectiva de nota do Brasil pela agência de risco S&P
O mercado brasileiro começou o dia refletindo nesta quinta-feira (15) a revisão pela agência de risco S&P da perspectiva para a nota soberana do Brasil, que é BB-, de estável para positiva. A melhora informada perto do fechamento dos negócios na véspera levou o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa, ao maior nível desde outubro de 2022 e derrubou o dólar a R$ 4,80, o menor patamar em pouco mais de um ano.
Depois de experimentar uma leve e pontual reviravolta, o índice virou para o campo positivo novamente e fechou em alta de 0,13%, a 119.221 pontos. O índice renova sua maior alta do ano e agora persegue o patamar de 120 mil pontos, o que seria o maior nível num fechamento desde 4 de abril de 2022, quando atingiu 121.279 pontos.
Na terça, a queda freou a sequência de altas do índice mais importante da bolsa de valores. Mas o clima positivo foi restabelecido na quarta e prolongado na quinta, com a segunda alta seguida.
Já o dólar fechou novamente em queda, de 0,09%, cotado a R$ 4,8022. A moeda americana chegou a bater R$ 4,845 na máxima. Porém, a moeda norte-americana passou a recuar e por volta das 15h. Anteriormente, a divisa chegou a na casa dos R$ 4,79, mas devolveu parte das perdas ao longo do dia.
Em relatório, o BB Investimentos afirmou haver “um viés mais positivo para os ativos, a despeito do exterior, diante das boas notícias relacionadas ao rating do país conjugada à percepção de que o risco fiscal continua melhorando com o avanço das principais pautas no Congresso e das apostas de antecipação do ciclo de cortes da Selic”, destacou o banco.
Cenário externo instável
Os agentes financeiros seguem digerindo a decisão do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) de pausar o aumento dos juros, no intervalo de 5% a 5,25%, mas deixar espaço para retomar o aperto monetário.
A avaliação é de que o comunicado do Fed e as projeções foram bastante hawkish, mas a entrevista de Jerome Powell (presidente do BC norte-americano) foi um pouco otimista sobre o combate à inflação e não comprometida com uma alta de juros em julho.
No radar também está a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de elevar suas principais taxas de juros em 0,25 ponto percentual. O BCE, ao explicar o aperto monetário, observou que a inflação na zona do euro tem desacelerado, mas deverá continuar “muito alta por muito tempo”.
Por fim, novos dados econômicos fracos da China voltam a alimentar esperanças de mais estímulos por parte da segunda maior economia do mundo.
A produção industrial chinesa subiu 3,5% na comparação anual de maio, como previam analistas, mas também desacelerou significativamente em relação ao ganho de 5,6% visto em abril. O mesmo ocorreu no varejo, cujas vendas tiveram expansão anual de 12,7% em maio, bem menor do que o acréscimo de 18,4% do mês anterior.
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