Mercado

Ibovespa fecha em alta de 0,25% puxado por exportadoras; dólar ultrapassa R$ 5,50

Moeda americana alcança maior nível desde janeiro de 2022

Espaço B3
A volatilidade mede a intensidade dos movimentos – seja de alta ou de queda – dos preços de ativos financeiros. Foto: B3

O Ibovespa fechou em alta de 0,25%, aos 122.641,30 pontos nesta quarta-feira (26/06). Já o dólar permanece em alta de 1,19%, cotado a R$ 5,51. Após apresentar viés negativo durante a manhã, em linha com os demais ativos locais e por conta da persistente piora no sentimento interno, o Ibovespa ganhou algum fôlego com a ajuda de ações de empresas exportadoras, que são beneficiadas pela alta do dólar, e fechou a sessão com leve alta.

Ibovespa

Na mínima intradiária, tocou os 121.402 pontos, e, na máxima, os 122.701 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 14,33 bilhões no Ibovespa e R$ 19,25 bilhões na B3.

Dólar

Em mais um dia de forte valorização contra o real, o dólar superou o nível técnico e psicológico de R$ 5,50 e, assim, encerrou o pregão desta quarta-feira no maior patamar desde 18 de janeiro de 2022.

Do exterior, o aumento dos juros dos Treasuries abriu espaço para uma apreciação global do dólar, ao mesmo tempo em que a dinâmica interna voltou a exercer pressão sobre o real, após novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a condução da política fiscal e monetária alimentaram uma piora na percepção de risco.

No fim dos negócios no mercado à vista, o dólar teve alta de 1,20%, cotado a R$ 5,5188, próximo da máxima do dia (R$ 5,5258). Já o euro comercial encerrou a sessão com valorização de 0,88%, a R$ 5,8947.

No exterior, o índice DXY operava em alta de 0,42% neste fim de tarde, a 106,055 pontos, enquanto o dólar subia 1,25% contra o peso mexicano e avançava 1,28% em relação ao peso colombiano.

As moedas da América Latina, assim, apresentam desvalorização semelhante, o que, na leitura de alguns participantes do mercado, pode indicar um desmonte conjunto de posições nos mercados de câmbio da América Latina.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York superaram um pregão de baixo apetite por risco nos mercados globais e fecharam em alta modesta com o suporte do bom desempenho de algumas gigantes do setor de tecnologia dos Estados Unidos.

O índice Dow Jones fechou em leve alta de 0,04%, a 39.127,80 pontos; o S&P 500 subiu 0,16%, a 5.477,91 pontos; e o Nasdaq avançou 0,49%, a 17.805,16 pontos.

O movimento positivo foi puxado pelos saltos de Tesla (+4,81%), Amazon (+3,90%) e Apple (+2,00%), que destoaram do ritmo morno da maioria das ações no pregão.

A maior alta do dia no S&P 500, contudo, ficou com o FedEx, que valorizou 15,53% depois da empresa de entregas apresentar balanço trimestral e projeções que animaram os investidores.

Assim, os ganhos fortes de algumas ações impediram que as bolsas de Nova York seguissem a tendência negativa dos Treasuries, à medida que o mercado demonstra cautela às vésperas de importantes indicadores econômicos dos Estados Unidos, em especial o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês). O dado é usado como referência para as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed).

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram a quarta-feira (26) em queda, em meio ao pessimismo após dados mostrarem uma queda no sentimento do consumidor da Alemanha e, também, por conta de uma maior cautela dos investidores com a aproximação das eleições legislativas da França.

O índice Stoxx 600 caiu 0,53%, a 514,95 pontos. O DAX, de Frankfurt, cedeu 0,12%, a 18.155,24 pontos, o CAC 40, de Paris, perdeu 0,69%, para 7.609,15 pontos, e o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou queda de 0,27%, a 8.225,33 pontos.

Pela manhã, foi divulgada a Pesquisa de Confiança do Consumidor da GfK para julho, que caiu de -21,0 para -21,8, contrariando as expectativas do mercado, que apontavam uma melhora para -18,9.

Ao mesmo tempo, o nervosismo antes do primeiro turno das eleições legislativas francesas, que acontece no domingo (30), também impediu que os índices registrassem ganhos.

Entre as ações, os papéis da Volkswagen foram destaque, fechando em queda de 1,48%, após a companhia informar, na véspera, que investiria até US$ 5 bilhões na fabricante americana de veículos elétricos Rivian como parte de uma nova joint venture.

*Com informações do Valor Econômico

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