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Ibovespa fecha em alta de 0,34% e retoma patamar dos 128 mil pontos; dólar sobe 0,36%, cotado a R$ 5,76

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta terça-feira (19) e o que movimentou os ativos

Com o suporte de algumas blue chips e o recuo mais forte dos juros futuros, o Ibovespa conseguiu terminar a sessão no campo positivo, com uma alta de 0,34%, aos 128.197 pontos.

Ibovespa hoje

O índice oscilou entre os 127.235 pontos e os 128.579 pontos. As ações da Vale tiveram mais uma sessão de alta com um avanço de 0,23% a R$ 57,68, apoiadas pela elevação nos preços do minério de ferro na bolsa de Dalian.

Na véspera do feriado nacional, o dia foi de liquidez mais baixa no Ibovespa. O volume financeiro no índice foi de R$ 14,8 bilhões e de R$ 19,9 bilhões na B3.

À espera do pacote de corte de gastos, que pode sofrer novos atrasos e ser apresentado na semana que vem, investidores monitoraram a notícia de que o presidente da China, Xi Jinping, pode anunciar amanhã a abertura de mercado para produtos agrícolas do Brasil, o que animou agentes financeiros.

Dólar hoje

O dólar à vista encerrou a sessão em alta frente ao real, em um dia marcado pelo temor dos investidores globais em relação às tensões entre Rússia e Ucrânia.

Pela manhã, os agentes financeiros mostraram mais aversão a ativos de risco, buscando moedas mais seguras, como franco suíço, iene japonês e o dólar americano, em detrimento de divisas de mercados emergentes.

Ao longo do dia, no entanto, o sentimento foi se alterando e, perto do fechamento, moedas pares, como os pesos mexicano e chileno, chegaram a apreciar frente ao dólar.

O real, no entanto, encerrou a sessão em queda, ainda que distante das máximas do dia.

Terminadas as negociações do mercado spot no Brasil, o dólar exibiu valorização de 0,36%, cotado a R$ 5,7676, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,7479 e tocado a máxima de R$ 5,7970.

Já o euro comercial registrou apreciação também de 0,36%, a R$ 6,1097.

Perto das 17h10, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, operava em queda de 0,07%, aos 106,196 pontos.

Bolsas de Nova York

As ações em Nova York encerraram o pregão sem direção única. Enquanto o Dow Jones fechou a sessão em ligeira queda, o S&P 500 e o Nasdaq ganharam impulso das ações de tecnologia à espera da divulgação do balanço da Nvidia amanhã.

Ao mesmo tempo, agentes financeiros seguem atentos à guerra da Ucrânia e Rússia, mas houve alguma melhora no apetite a risco após as declarações do ministro das relações exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, de que o país fará de tudo para evitar uma guerra nuclear.

No fim do dia, o S&P 500 subiu 0,40%, a 5.916,98 pontos; o Dow Jones caiu 0,28%, aos 43.268,94 pontos e o Nasdaq subiu 1,04%, aos 18.987,47 pontos.

O dia foi marcado pela escalada dos riscos geopolíticos. O presidente russo Vladimir Putin assinou uma revisão da doutrina nuclear do país, declarando que um ataque convencional à Rússia por qualquer nação que seja apoiada por uma potência nuclear será considerado um ataque conjunto à Rússia.

O movimento de Putin ocorreu depois que o governo Biden aprovou o uso pela Ucrânia de mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA.

Neste contexto, as ações em Nova York chegaram a exibir queda firme no início do dia,que foi marcado por uma corrida para ativos defensivos.

Mais tarde, no entanto, declarações do ministro das relações exteriores da Rússia na cúpula do G-20 trouxeram algum alívio aos mercados e permitiram uma recuperação dos índices acionários.

“A cautela voltou na terça-feira, desta vez com os eventos a milhares de quilômetros de Wall Street aumentando as preocupações com os riscos geopolíticos. As preocupações crescentes com a situação na Ucrânia, onde os combates e as ameaças se intensificaram, fizeram com que as ações dos EUA caíssem durante a noite e ajudaram a empurrar o dinheiro para os títulos do Tesouro”, afirma Nathan Peterson, diretor de análise de derivativos da Charles Schwab.

Segundo ele, a tensão geopolítica ofuscou outros acontecimentos no início do dia, incluindo os sólidos lucros do Walmart.

“As ações do maior varejista do mundo saltaram quase 4% depois que o Walmart superou as estimativas dos analistas e aumentou a orientação para o ano inteiro”, afirmou.

Com o arrefecimento das tensões ao longo do dia, os agentes financeiros voltaram a se concentrar na temporada de balanços dos Estados Unidos.

Os papéis da Nvidia subiram 4,9%, um dia antes da divulgação dos lucros do terceiro trimestre da fabricante de chips.

Participantes do mercado consideram que a divulgação do balanço da empresa é o evento mais esperado da semana. As ações da companhia já subiram 197% este ano.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram o dia em queda, com o aumento das tensões geopolíticas após a Rússia revisar sua doutrina nuclear, e depois de dados de inflação na zona do euro em linha com as expectativas de consenso.

O índice Stoxx 600 fechou em queda de 0,43%, a 500,66 pontos.

DAX de Frankfurt recuou 0,67%, a 19.060,31 pontos.

FTSE, da bolsa de Londres, caiu 0,13%, para 8.099,02 pontos.

CAC 40, de Paris, perdeu 0,67%, para 7.229,64 pontos.

A Rússia ampliou as circunstâncias sob as quais pode considerar usar armas nucleares, após relatos de que a Ucrânia utilizou mísseis americanos de longo alcance para atacar o território russo.

Além disso, a inflação da zona do euro acelerou para 2% em outubro, de 1,7% em setembro, mas os preços de serviços seguem elevados, “apoiando o caso para o Banco Central Europeu (BCE) mover-se gradualmente no corte das taxas de juros”, diz o economista Jack Allen-Reynolds, da Capital Economics.

Entre as empresas, as ações da Thyssenkrupp subiram 13%, após resultados trimestrais melhores que o esperado, e os papéis da Nestlé caíram 2%, depois de a empresa anunciar um plano de corte de gastos considerado insuficiente para melhorar suas vendas.

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