Mercado

Ibovespa fecha em alta pelo 3º dia consecutivo e mantém os 136 mil pontos

O índice foi impulsionado pela alta firme das ações da Vale. Já o dólar teve queda de 0,07%, cotado a R$ 5,48

O Ibovespa fechou em alta de 0,28%, aos 136.463,65 pontos nesta quarta-feira (21/08) e, assim, manteve a trajetória positiva iniciada há três dias. O índice foi impulsionado pela alta firme das ações da Vale. Já o dólar teve queda de 0,07%, cotado a R$ 5,48.

Em meio a uma agenda local sem grandes direcionadores, a atenção do mercado se concentrou no exterior, com a revisão para baixo do número de empregos nos Estados Unidos e a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed).

O documento mostrou que a maioria dos dirigentes considera adequada uma redução de juros em setembro, se os dados continuarem como o esperado, o que é positivo para ativos de risco de países emergentes, como o Brasil.

Ibovespa

Na mínima intradiária, tocou os 136.086 pontos e, na máxima, os 137.040 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 20,04 bilhões no Ibovespa e R$ 25,63 bilhões na B3.

Dólar

O dólar à vista encerrou a sessão em leve queda, bem perto da estabilidade. As negociações foram marcadas pela preocupação com o desempenho da economia americana.

Pela manhã, a revisão de dados de emprego teria alimentado a preocupação por uma recessão nos Estados Unidos, enquanto à tarde, a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed) mostrou um BC americano disposto a cortar juros.

Assim, se pelo fim da manhã o dólar mostrou força, depois da ata a moeda americana depreciou.

Terminadas as negociações, o dólar comercial exibiu depreciação de 0,07%, a R$ 5,4810, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,4590 e tocado na máxima de R$ 5,5102.

Já o euro comercial exibiu valorização de 0,17%, a R$ 6,1117.

Perto das 17h10, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, recuava 0,26%, aos 101,180 pontos.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York encerraram o pregão em alta e retomaram sua sequência positiva, interrompida por um movimento de realização de lucros ontem após oito sessões de ganhos.

O ímpeto às ações veio da expectativa cada vez mais consolidada por um corte de juros do Federal Reserve (Fed) em setembro, já que tanto a ata da reunião de julho do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) quanto a revisão em baixa na geração de empregos nos Estados Unidos indicaram que o banco central do país começará o seu ciclo de flexibilização monetária no mês que vem.

Ao fim do pregão, o índice Dow Jones fechou em leve alta de 0,14%, a 40.890,49 pontos; o S&P 500 subiu 0,42%, a 5.620,85 pontos; e o Nasdaq avançou 0,57%, a 17.918,99 pontos.

O destaque a sessão foi o setor de consumo discricionário, composto pela maioria das principais varejistas americanas. O índice do setor no S&P 500 subiu 1,18%, impulsionado principalmente pelo salto de 11,22% da Target, após os resultados trimestrais da companhia animarem os investidores.

Quem liderou o S&P 500, contudo, foi a Keysight Electronics, que disparou 13,91%, também após a divulgação de balanço. A desenvolvedora de equipamentos e software para testes eletrônicos superou as estimativas do mercado para os seus resultados no quarto trimestre fiscal.

Bolsas da Europa

As bolsas europeias encerraram o pregão desta quarta-feira (21) em alta, retomando os ganhos nos principais mercados do velho continente após um movimento de realização de lucros na sessão de ontem interromper uma sequência positiva de cinco dias.

Os investidores receberam bem as revisões, para baixo, dos números do mercado de trabalho dos Estados Unidos, uma vez que sugerem uma postura mais acomodatícia do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) à frente.

O índice Stoxx 600, que compila ações de 17 bolsas da Europa, anotou alta de 0,32%, a 513,93 pontos, em Frankfurt, o DAX subiu 0,50%, a 18.448,95 pontos, o índice londrino FTSE 100 avançou 0,12%, a 8.283,48 pontos, e o parisiense CAC 40 valorizou 0,52%, a 7.524,72 pontos.

Conforme a revisão preliminar do “payroll” (relatório oficial do mercado de trabalho americano), a economia dos Estados Unidos criou 818 mil empregos a menos no período de 12 meses até março de 2024, em relação ao que foi estimado anteriormente.

Sob os temores de uma recessão econômica nos Estados Unidos, o dado inicialmente foi recebido com mau humor, e as bolsas europeias perderam força. À medida que o temor de recessão passou para uma expectativa por cortes de juros mais agressivos pelo Fed, as praças na Europa se fortaleceram e tocaram suas máximas intradiárias, e os índices fecharam próximos dos maiores níveis anotados nesta quarta.

Para James Knightley, economista-chefe internacional do ING, a “grande” revisão do payroll americano traz dúvidas sobre os números divulgados de abril pra cá e empurra o Fed “à ação”, já que os números revisados indicam que o mercado de trabalho dos Estados Unidos está perdendo ímpeto de uma base inicial mais fraca do que se imaginava.

*Com informações do Valor Econômico

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