Mercado

Ibovespa fecha em queda com cautela no exterior, à espera do payroll; dólar sobe

Dólar bateu R$ 5,18 na máxima, perdeu força, mas fechou em alta

A bolsa de valores hoje (5) teve forte volatilidade ao longo do dia, fechando o dia em queda. O mercado de ações tentava emplacar sua segunda alta consecutiva, mas as incertezas no exterior esfriaram os ânimos.

Assim, o Ibovespa fechou em queda de 0,28%, a 113.284,08 pontos. Na mínima, o índice desceu a 112.704,87. Na quarta-feira, o principal índice da bolsa subiu 0,17%.

“O Ibovespa e o real sentiram solavancos vindos do exterior. Apesar de o dia não ter contado com nenhum fato marcante específico, a cautela que antecede a divulgação dos dados de mercado de trabalho nos EUA amanhã impulsionou a aversão ao risco”, diz Rachel Sá, chefe de Economia da Rico.

Dólar hoje

O dólar teve valorização em relação ao real. A moeda norte-americana fechou em alta de 0,31%, a R$ 5,1692. Na máxima, a divisa bateu R$ 5,1885.

O dólar fechou o pregão anterior em ligeira queda de 0,03%, cotado a R$ 5,15.

No cenário externo, porém, o DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas importantes, caiu 0,44% nesta quinta, a 106,33 pontos.

Ações em alta

A BR Properties liderou os ganhos na bolsa nesta quinta-feira, avançando mais de 20%, perseguida de perto pela Kora, empresa do setor de Saúde que atua em mercados menores do país. Veja as cinco ações que mais subiram no dia

  • BR Properties (BRPR3) +25,02%
  • Kora Saúde (KORA3) +17,33%
  • Oi (OIBR3) +15,52%
  • Azevedo e Travassos (AZEV4) +9,76%
  • Azevedo e Travassos (AZEV3) 9,28%   

Ações em baixa

Por outro lado, entre as piores ações do dia, destaque para o setor de construção e incorporação, que tomou quatro dos cinco lugares entre as empresas que mais perderam valor no pregão. Veja as empresas que tiveram as maiores quedas da bolsa na sessão.

  • Mitre (MTR3) -16,29%
  • Tenda (TEND3) -9,02%
  • Plano e Plano (PLPL3) -5,38%
  • Multilaser (MLAS3) -5,08%
  • Moura Dubeux -4,89%

Os rankings contemplam ações com volume acima de R$ 1 milhão no dia. As cotações foram apuradas entre as 17h20 e as 17h40, depois do fechamento, mas podem ter atualizações.

Bolsas mundiais

As bolsas de Nova York fecharam em leve queda nesta quinta-feira, 5, com os investidores assumindo uma posição de cautela antes da divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos, o payroll, na sexta-feira. O dado pode ser catalisador de ajustes nas expectativas sobre o rumo das taxas de juros no país.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,03%, aos 33.119,57 pontos, o S&P 500 caiu 0,13%, aos 4.258,18 pontos e o Nasdaq cedeu 0,12%, aos 13.219,83 pontos. Os juros dos Treasuries chegaram mistos ao fim desta tarde, com a taxa do T-Bond de 30 anos em alta.

As bolsas da Europa fecharam na maior parte em alta.

Na bolsa de Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 0,53%, aos 7.451,54 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,20%, aos 15070,22 pontos; em Paris, o CAC 40 ficou próximo da estabilidade pelo segundo dia consecutivo e subiu 0,02%, aos 6.998,25 pontos; em Milão o FTSE MIB ganhou 0,20%, aos 27.490,81 pontos; em Madri, o Ibex 35 teve alta de 0,67%, aos 9.164,10 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 teve ganhos de 0,67%, aos 5.863,42 pontos. As cotações são preliminares.

Itaú BBA: Ibovespa pode ter mais quedas à frente

No Brasil, o Ibovespa tem acompanhado o mercado internacional e está pressionado. Com isso, o índice “corre risco de continuar o movimento de queda”, diz Fábio Perina, estrategista de Investimento em Ações do Itaú BBA, em relatório.

“Importante o investidor entender que no médio prazo vemos ainda um cenário altista, uma vez que o índice segue acima da sua média móvel de 200 períodos. Porém, no curto prazo a pressão aumentou e poderemos ver mais quedas à frente”, complementa Perina.

Exterior

Nesta quinta, as atenções dos investidores do mundo todo se voltaram aos números de novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, que avançaram 2 mil, na semana encerrada no dia 30 de setembro, a 207 mil. Os dados são do Departamento do Trabalho.

Analistas ouvidos pela FactSet previam 212,5 mil. O dado da semana anterior foi revisado, de 204 mil antes informado a 205 mil. Já os pedidos de auxílio-desemprego continuados tiveram queda de 1 mil, a 1,664 milhão.

Gostou desse conteúdo e quer saber mais sobre investimentos? Faça os cursos gratuitos no Hub de Educação Financeira da B3!