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Ibovespa fecha em queda de 0,43% mesmo com bom dia de Vale e Petrobras; dólar sobe 0,23% e vai a R$ 5,47

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quarta-feira (25) e o que movimentou os ativos

Em uma sessão de maior volatilidade, o Ibovespa tentou se equilibrar em terreno positivo no início da manhã, mas voltou a recuar e encerrou o dia em queda de 0,43%, aos 131.586 pontos.

Na mínima intradiária, o índice chegou a bater 131.489 pontos e alcançou 132.982 pontos, na máxima do dia.

Ibovespa hoje

O efeito positivo de uma prévia da inflação bem abaixo do esperado foi reduzido, diante da forte abertura da curva futura de juros vista desde o comunicado mais “duro” do Copom.

Papéis ligados a commodities voltaram a dar uma sustentação ao índice, com destaque para as ações da Vale, que subiram 0,45%, a R$ 60,61, estendendo a alta de 4,88% da véspera.

Além das ações PN da Petrobras, que avançaram 0,73%, a R$ 37,05, e as ON da petroleira, que tiveram alta de 0,07%, a R$ 40,53.

Agentes afirmam que um movimento de rotação de ações domésticas para papéis de commodities parece ganhar tração.

O volume financeiro do índice foi R$ 17,2 bilhões e de R$ 21,6 bilhões na B3.

Dólar hoje

O dólar comercial encerrou a sessão em leve alta.

Operadores justificaram o movimento como um ajuste da desvalorização forte de ontem da moeda americana, com a indicação de novos estímulos à economia chinesa.

Por aqui, o desempenho do dólar ficou bastante descolado do exterior, já que a divisa exibiu valorização forte na maioria dos mercados, em especial naqueles de moedas ligadas a commodities.

Na seara doméstica, alguma acomodação na percepção de risco fiscal também ajudou a reduzir a volatilidade da divisa, ainda que durante as negociações ruídos políticos possam ter levado o dólar às máximas do dia.

Terminadas as negociações do mercado à vista, o dólar comercial registrou valorização de 0,23%, a R$ 5,4755, depois de tocar na mínima de R$ 5,4406 e encostar na máxima de R$ 5,4962.

Já o euro comercial exibiu desvalorização de 0,23%, cotado a R$ 6,0915.

Perto do fechamento, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,50%, aos 100,969 pontos.

Bolsas de Nova York

Após baterem recordes nas últimas sessões, os principais índices acionários de Nova York encerraram o dia no vermelho ou próximos da estabilidade.

Os agentes monitoram dados da economia americana e comentários de membros do Federal Reserve (Fed) na busca por pistas sobre os rumos da política monetária da autarquia.

O índice Dow Jones teve queda de 0,70%, a 41.914,75 pontos; o S&P 500 caiu 0,19%, a 5.722,26 pontos; e o Nasdaq avançou 0,04%, a 18.082,20 pontos.

Entre as ações, as principais perdas do dia ficaram com General Motors e a Ford, que caíram 4,87% e 4,14%, respectivamente, após rebaixamentos de recomendação pelo Morgan Stanley.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus fecharam a quarta-feira (25) em queda, corrigindo parte dos ganhos da véspera, já que o ânimo do mercado em relação aos impactos dos estímulos para economia chinesa anunciados ontem arrefeceu hoje.

O índice Stoxx 600 caiu 0,12%, a 519,06 pontos, o CAC 40, de Paris, teve queda de 0,50%, para 7.565,62 pontos, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,41%, a 18.918,50 pontos, e o FTSE 100, de Londres, cedeu 0,17%, a 8.268,70 pontos.

“O problema é que as medidas de estímulo [da China] levarão tempo para aparecer nos dados econômicos”, disse Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank.

O Banco Popular da China (PBoC, banco central) cortou a taxa de juros da linha de crédito de médio prazo de 1 ano de 2,3% para 2,0%, além de injetar 300 bilhões de yuan em liquidez no sistema financeiro do país, em um movimento amplamente esperado, um dia após anunciar uma série de medidas de flexibilização monetária para impulsionar o crédito, em meio a preocupações crescentes de que Pequim possa não atingir sua meta oficial de crescimento anual este ano.

Hoje, os mercados também reagiram à decisão do Riksbank, o banco central da Suécia, que cortou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual (p.p.), de 3,5% para 3,25%, e disse que o custo dos empréstimos pode ser reduzido novamente em breve, ao ter em vista que a economia do país enfrenta dificuldades e ameaça levar a inflação a níveis abaixo da meta.

No front corporativo, as ações de bancos foram destaque negativo no início da sessão, mas reverteram o sinal ao longo do dia.

O Commerzbank avançava 0,76% no final da sessão, após o UniCredit afirmar que comprou contratos financeiros que poderiam levar sua participação no Commerzbank para 21%, dos cerca de 9% no início da semana, gerando expectativas de que poderia promover mais fusões e aquisições no setor bancário europeu.

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