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Ibovespa fecha em queda de 0,79%, mas mantém os 127 mil pontos; dólar sobe a R$ 4,97

Inflação mais alta nos EUA direcionou o tom das negociações

A bolsa de valores fechou em queda no pregão desta quarta-feira (14/02) após divulgação dos dados de inflação dos EUA referentes ao mês de janeiro. Nesse sentido, os ânimos esfriaram com relação aos ativos de risco porque o CPI veio mais forte que o esperado, o que pode atrasar a redução dos juros nos EUA. Enquanto isso, o dólar subiu.

A inflação mais alta do que o esperado nos EUA aumenta o retorno dos títulos de renda fixa. Assim, afeta os setores defensivos da bolsa brasileira, como energia, saneamento e agro.

No fechamento desta quarta-feira (14), o índice de Utilities (Util) caiu perto de 1,5%, enquanto o de energia elétrica (IEEX) mostrou desvalorização perto de 1,1% e do agro (AGFS) recuou na faixa de 1,4%.

Assim,o Ibovespa fechou em queda, recuando 0,79%, a 127.018,29 pontos depois de ter passado boa parte do pregão no patamar dos 126 mil pontos. A sessão teve início às 13h depois de quatro dias sem pregão por conta do final de semana e do Carnaval.

Dólar hoje

Por outro lado, o dólar fechou em alta. A moeda norte-americana avançou 0,22%, a R$ 4,9723.

Simultaneamente, no exterior, o dólar registrou queda. O DXY, que mede o desempenho global da divisa dos EUA, caiu 0,23%, a 104,71 pontos.

Ações em alta

Veja as ações com as maiores altas do pregão.

  • Gol (GOLL4) +13,73%
  • Oi (OIBR3) +11,11%
  • Recrusul (RCSL3) +3,14%
  • Alpargatas (ALPA4) +3,02%
  • Ser Educacional (SEER3) +2,65%

Ações em baixa

E os papéis com as maiores quedas do dia.

  • Banco BMG (BMGB4) -11,06%
  • Sanepar (SAPR4) -7,91%
  • Americanas (AMER3) -7,69%
  • Sanepar (SAPR11) -6,01%
  • CBA (CBAV3) -5,45%

Os rankings contemplam ações com volume acima de R$ 1 milhão no dia, que compõem ou não o Ibovespa e outros índices. As cotações foram apuradas às 18h07, depois do fechamento, mas podem ter atualizações.

Bolsas mundiais: Nova York

O CPI, principal indicador de inflação dos EUA, divulgado na terça-feira, veio mais alto que o esperado para janeiro. O índice variou 0,3% em janeiro de 2024. Assim, a inflação nos Estados Unidos (EUA) ficou em 3,1% no acumulado em 12 meses.

“O supercore, uma medida que o mercado gosta de avaliar, acelerou. Com isso, a Treasury (título do Tesouro americano) de 10 anos ficou acima de 4,30%, escalada importante, para a máxima do ano”, afirma Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

O economista diz ainda que as quedas recentes significam “uma mudança importante de cenário” após o mercado empurrar o corte de juros nos Estados Unidos para junho e encerrar qualquer expectativa de corte em março.

Isso mexeu com a bolsa de valores hoje, mas o desempenho ruim foi revertido ao final da sessão, ao menos em Nova York.

Com isso, o Dow Jones fechou em alta de 0,39%, aos 38.423,48 pontos. O S&P 500 avançou 0,96%, a 5.000,50 pontos, e o Nasdaq subiu 1,30%, aos 15.859,15 pontos.

Europa

As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta, em uma recuperação após balanços mistos e dados locais ajudarem na correção de parte das perdas da terça-feira. A taxa de inflação do Reino Unido, por exemplo, manteve-se inalterada em 4,0% em janeiro de 2024, mantendo-se perto da mínima de dois anos e abaixo da expectativa do mercado de 4,2%.

Entre outros dados macroeconômicos divulgados, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro ficou estável no quarto trimestre de 2023. A produção industrial da região subiu 2,6% em dezembro ante novembro de 2023. O resultado surpreendeu analistas consultados pela FactSet, que previam recuo de 0,2% no período.

Dessa maneira, em Londres, o FTSE 100 subiu 0,63%, aos 7.559,710 pontos. O DAX, referencial de Frankfurt, subiu 0,38%, aos 16.945,48 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,68%, aos 7.677,35 pontos. E o FTSE MIB subiu 0,63%, aos 31.329,38 pontos.

Por outro lado, em Madri, o Ibex 35 teve variação negativa de 0,09%, aos 9.916,60 pontos. Da mesma maneira, o PSI20, de Lisboa, cedeu 0,55%, aos 6.100,10 pontos.