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Ibovespa fecha em queda de 1,16%, mas mantém os 130 mil pontos; dólar chega a R$ 4,97

Desempenho da Petrobras e o PIB dos Estados Unidos foram os destaques da agenda

Bolsa de valores. Foto: Divulgação B3.
Bolsa: investidores também monitoram Haddad e Tebet, que participam de evento. Foto: Divulgação B3.

A bolsa de valores fechou em queda de 1,16%, a 130.155,43 pontos nesta quarta-feira (28/02) com o desempenho da Petrobras e o PIB dos Estados Unidos em destaque na agenda. Por outro lado, o dólar intensificou os ganhos e ficou em R$ 4,97 no fechamento.

A queda do Ibovespa se intensificou ao longo do dia, com a Petrobras entre as piores perdas, com quedas de 5,16% (PETR4) e 5,39% (PETR3). Isso após o presidente da petroleira, Jean Paul Prates, dizer que precisava ser “cauteloso” com o pagamento de dividendos.

Anteriormente, no início do pregão, o PIB dos EUA já havia jogado os ânimos para baixo ao registrar crescimento de 3,2% no 4T23 na segunda leitura.

Além disso, a Vale (VALE3) contribuiu para o desempenho ruim da bolsa de valores, caindo 1,17%, mesmo com a alta do minério de ferro.

Dólar

Simultaneamente, o dólar fechou em alta, subindo 0,75% em relação ao real, cotado a R$ R$ 4,9700, em alta de 0,75%.

Da mesma maneira, no cenário externo, o DXY, que mede o desempenho global do dólar, subiu 0,14%, a 103,97 pontos.

Ações em alta

Veja os papéis que mais subiram na bolsa de valores hoje.

  • Traders Club (TRAD3) +12,05%
  • Pão de Açúcar (PCAR3) +11,93%
  • OceanPact (OPCT3) +8,45%
  • HBR (HBRE3) +6,94%
  • Porto Seguro (PSSA3) +5,95%

Ações em baixa

Confira também as ações com as piores quedas.

  • Recrusul (RCSL4) -15,29%
  • Eternit (ETER3) -13,50%
  • Clearsale (CLSA3) -8,05%
  • IRB (IRBR3) -5,57%
  • Petrobras (PETR3) -5,39%

Os rankings contemplam ações com volume acima de R$ 1 milhão no pregão, com papéis que integram ou não Ibovespa e outros índices. As cotações foram apuradas depois do fechamento, às 18h07, mas podem ter atualizações.

Bolsas mundiais: Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em queda, com o Dow Jones cedendo pela terceira sessão seguida, à medida que os investidores adotaram uma postura cautelosa antes da divulgação do principal dado monitorado pelo Federal Reserve para suas análises sobre o comportamento da inflação.

O dia foi pontuado por manifestações prudentes de integrantes do Federal Reserve (Fed), enquanto a revisão em leve baixa dos dados do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos no quarto trimestre não abalou a convicção de que a economia norte-americana segue robusta. O levantamento trouxe ainda sinais da persistência da inflação no período.

O Dow Jones cedeu 0,06%, aos 38.949,02 pontos. O S&P 500 caiu 0,17%, aos 5.069,76 pontos. O Nasdaq recuou 0,55%, aos 15.947,74 pontos.

Europa

As bolsas europeias fecharam com desempenhos divergentes. A Bolsa de Londres foi a mais pressionada, diante do tombo de dois dígitos da companhia de produtos de consumo Reckitt Benckiser e da gestora de fundos St. James’s Place, com resultados abaixo das expectativas.

A rede varejista francesa Casino, controladora do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil, recuou em Paris sob impacto do anúncio de prejuízo no quarto trimestre e em ajuste após disparar na terça-feira. No Brasil, porém, o Pão de Açúcar liderou ganhos no Ibovespa.

Assim, o índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 0,35%, a 494,59 pontos. Em Londres, o FTSE 100 fechou em baixa de 0,76%, aos 7.624,98 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,25%, aos 17.601,22 pontos. O CAC-40, referencial da Bolsa de Paris, ganhou 0,08%, para encerrar aos 7.954,39 pontos.

Entre os outros principais índices referenciais da região, o FTSE MIB, de Milão, caiu 0,27%, a 32.617,96 pontos; em Lisboa, o PSI 20 teve baixa de 0,44%, a 6.192,90 pontos; em Madri, o IBEX 35 recuou 0,45%, a 10.068,60 pontos.

PIB dos EUA

A bolsa de valores também foi afetada pela divulgação do PIB dos EUA.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu ao ritmo anualizado de 3,2% no quarto trimestre de 2023, segundo revisão divulgada nesta quarta-feira (28) pelo Departamento de Comércio do país.

Nesse sentido, o resultado ficou ligeiramente abaixo da estimativa inicial e da previsão de analistas consultados pela FactSet, de alta de 3,3% em ambos os casos.

IGP-M

Também foi divulgado os dados do IGP-M de fevereiro, e este veio em linha com as estimativas, deflacionando 0,52%. O resultado foi derivado da queda expressiva do IPA (atacado) que retrocedeu 0,9% no mês puxado pelas quedas de 0,43% dos Bens Industriais e de 2,19% dos bens agropecuários.

Dessa maneira, os destaques de queda no IPA foram os derivados de soja como óleo e farelo, além de minério de ferro e milho.

Destaque também para o comportamento estável do IPC (preços ao consumidor) que teve leve desaceleração de um mês para outro, em janeiro havia subido 0,59%, agora sobe 0,53%. Dentre esses, o grupo alimentação caiu de 1,62% para 1,09%.

Assim, “no geral o índice veio bom, com queda na margem de componentes importantes como alimentação e mesmo mão de obra”, afirma André Perfeito, economista.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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