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Ibovespa fecha em queda de 1,39% e retorna aos 127 mil pontos; dólar sobe e vai a R$ 5,58

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quarta-feira (17) e o que movimentou os ativos

O Ibovespa fechou em queda firme nesta quinta-feira, acompanhando a piora dos outros ativos locais, diante da apreensão de agentes em relação ao valor que será contingenciado ou bloqueado no orçamento de 2024 para cumprir a meta fiscal.

Às vésperas da entrega do relatório bimestral de receitas e despesas, rumores de que o montante ficaria abaixo de R$ 10 bilhões aumentaram o pessimismo dos agentes. O mercado, em geral, espera que o anúncio do governo seja igual ou acima desse valor.

Ibovespa hoje

No fim do dia, o índice caiu 1,39%, aos 127.652 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 128.741 pontos e, nas máximas, os 129.658 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 13,44 bilhões no Ibovespa e R$ 20,20 bilhões na B3.

As ações domésticas sensíveis aos juros lideraram as perdas na sessão, e os frigoríficos recuaram por temores de eventuais impactos ao setor após o governo federal confirmar foco da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul.

Assim, os papéis da BRF ON cederam 7,88%, os da Marfrig ON, controladora da BRF, perderam 9,08%, e os da JBS caíram 2,45%.

Já o papel da Azul PN foi o que mais caiu no pregão, tombando 7,87%, em meio à valorização do dólar ante o real e à análise do acordo de cooperação comercial entre a empresa e a Gol pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Já na ponta positiva, apenas quatro ações registraram leve alta, entre elas Embraer ON e Petrobras ON, que subiram 1,48% e 0,12%, respectivamente.

Dólar hoje

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de quase 2%, em seu maior patamar de fechamento desde 2 de julho. O câmbio foi pressionado pelos temores do mercado sobre um corte de gastos menor do que o esperado e do que os agentes consideram necessário para que o governo cumpra as suas metas fiscais.

Além disso, o ambiente de aversão a risco no exterior não ajudou, e a sessão foi marcada por um amplo movimento de venda de moedas emergentes, ainda que o real tenha se destacado negativamente e anotado o pior desempenho do dia dentre as 33 divisas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.

dólar à vista fechou em alta de 1,89%, a R$ 5,5872, após tocar a máxima intradiária de R$ 5,5892 e a mínima de R$ 5,4800. O euro comercial saltou 1,54%, a R$ 6,0889.

No exterior, por volta de 17h10, o índice DXY – que mede o dólar ante um cesta de seis moedas pares – avançava 0,43%, a 104,189 pontos, puxado por um ganho de mais de 1% da moeda americana ante o iene.

No confronto com pares do real, o dólar subia 1,28% ante o peso mexicano; 0,88% ante o peso chileno; e 0,62% ante o peso colombiano.

Bolsas de Nova York

Os índices acionários de Nova York terminaram com queda expressiva nesta quinta-feira pelo segundo dia consecutivo, depois de iniciarem o pregão no azul, ao tentarem se recuperar das perdas de ontem.

O Dow Jones também caiu, quebrando uma série de seis altas consecutivas. As quedas generalizadas nas ações se deram em meio ao aumento das incertezas políticas nos Estados Unidos, com informações de que o presidente Joe Biden pode renunciar à candidatura para um segundo termo na Casa Branca.

A possível renúncia vem se somar às potenciais tensões comerciais que podem ser criadas com um aumento das restrições às exportações de chips americanos à China por Biden, e às declarações do candidato republicano Donald Trump sugerindo que, se eleito, irá cobrar pela proteção de Taiwan, constantemente ameaçada de invasão pela China e sede de uma série de grandes empresas de semicondutores.

Perdas nas ações das big techs pressionaram Nasdaq e S&P 500. Dez dos 11 setores de S&P 500 caíram, com as maiores perdas sendo registradas no setor de saúde (-2,29%), financeiro (-1,28%) e consumo discricionário (-1,28%).

No fechamento, o índice Dow Jones anotou queda de 1,29% a 40.665,02 pontos, interrompendo uma série de recordes consecutivos. O S&P 500 recuou 0,78%, a 5.544,59 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,70%, aos 17.871,2 pontos.

Os bancos Goldman Sachs (-3,18%) e J.P. Morgan (-3,77%) lideraram as perdas do índice Dow Jones, juntamente com Boeing (-2,5%), Amazon (-2,22%) e Apple (-2,00%). Apesar das perdas expressivas, as bolsas fecharam fora das mínimas.

Entre as big techs, recuos foram registrados, ainda, pela Alphabet (-1,80%), enquanto a Nvidia se recuperou de parte das últimas perdas e subiu 2,80%. Já a ASML perdeu 0,85% depois da queda de mais de 12% ontem.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus fecharam a quinta-feira (18) seguindo direções distintas, enquanto os investidores avaliavam a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que manteve os juros inalterados em 3,75% ao ano, a taxa de refinanciamento em 4,25% e a taxa de empréstimos em 4,5%.

O índice Stoxx 600 caiu 0,16%, a 514,01 pontos, o CAC 40, de Paris, subiu 0,21%, para 7.586,55 pontos, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,45%, a 18.354,76 pontos, e o FTSE, 100 da bolsa de Londres, teve alta de 0,21%, para 8.204,89 pontos.

Em seu discurso após a decisão, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que não espera uma desaceleração muito grande da inflação ao longo do segundo semestre e que a meta de 2% deve ser atingida apenas em 2025.

Quanto aos próximos passos da autarquia, Lagarde disse que a decisão de setembro ainda está em aberto e que continua dependente de dados.

A Pantheon Macroeconomics vê a possibilidade de um corte nos juros em setembro. “Ainda achamos que esse corte é provável, uma vez que a inflação cairá um pouco mais nos próximos meses”, diz a Pantheon, em nota.

No noticiário corporativo, o destaque do dia ficou com as ações da Volvo, que fecharam em alta de 5,9%, após a montadora ter reportado lucro recorde no segundo trimestre.

No campo das perdas, a Nokia se destacou, fechando com desvalorização de 4,9%, após ter reportado queda de mais de mais de 30% no lucro trimestral.

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