Mercado

Ibovespa fecha em queda, mesmo com forte alta da Petrobras; dólar avança

Bolsa iniciou em queda, ficou por alguns minutos no campo positivo, mas voltou a cair

A bolsa de valores hoje iniciou em queda acentuada, frequentou por alguns minutos o campo positivo, mas voltou a cair e fechou no vermelho. Dessa maneira, o Ibovespa mantém a trajetória negativa registrada no pregão anterior.

Assim, o principal índice da bolsa encerra o dia em queda de 0,38%a 117.331,30 pontos. No último pregão, a queda havia sido de 0,10%.

As ações relacionadas às commodities impactaram o principal índice da bolsa, sobretudo as de mineração e siderurgia, que caíram por influência dos dados econômicos da China, que mostraram a economia mais lenta que o esperado.

Quem evitou uma queda mais aguda da bolsa de valores hoje foram as ações relacionadas ao petróleo, com a commodity subindo mais de 2%. Com isso, as ações ordinárias (PETR3) e preferenciais (PETR4) da Petrobras avançaram mais de 4% e 3%, respectivamente.

Além disso, as atenções estiveram voltadas para os indicadores econômicos divulgados no Brasil e em outras partes do mundo.

Dólar hoje

Simultaneamente, o câmbio se mostrou desfavorável à moeda brasileira em relação ao dólar. A moeda americana avançou 0,82%, cotada a R$ 4,9754.

Da mesma maneira, no cenário internacional, a divisa dos EUA se valorizava. O DXY, índice que compara o dólar a outras seis moedas importantes, avançou 0,67%, a 104,90 pontos.

Ações em alta

A BR Properties, do setor de real estate, liderou as altas na bolsa nesta terça-feira, com alta de mais de 30%, acompanhada de longe pela empresa de varejo virtual de móveis e utensílios de decoração Mobly.

Entre as melhores, destaque também para as ordinárias da Petrobras, que subiram mais de 4%, impulsionadas pelo preço do petróleo no mercado internacional, que teve forte alta. Veja as cinco que mais subiram.

  • BR Properties (BRPR3) +31,71%
  • Mobly (MBLY3) +11,03%
  • Petrobras (PETR3) +4,60%
  • Assaí (ASAI3) +4,24%
  • Multilaser (MLAS3) +3,99%

Ações em baixa

Já entre as maiores quedas estiveram empresas com alto endividamento, que sofreram com a alta dos juros futuros. Com isso, a Recrusul volta a liderar as perdas, depois de ficar com a maior queda também no pregão da segunda. O setor de educação teve duas representantes: Ânima e Ser. Confira as cinco principais quedas do dia.

  • Recrusul (RCSL3) -16,03%
  • Ânima (ANIM3) -7,99%
  • Ser Educacional (SEER3) -7,61%
  • Via (VIIA3) -7,14%
  • Gafisa (GFSA3)  -6,58%

Os rankings contemplam todas as empresa da bolsa que movimentaram mais de R$ 1 milhão no dia. As cotações foram atualizadas entre as 17h30 e as 17h35.

Bolsas mundiais

As Bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta terça-feira, no retorno do feriado, após dados fracos de atividade econômica na China e na Europa levantarem preocupações sobre a economia global. A cautela foi amplificada pela escalada dos juros dos Treasuries e também pelo avanço do petróleo, que apoiou algumas empresas do setor, mas agravou temores sobre inflação.

O índice Dow Jones  fechou com baixa de 0,56%, aos 34.642,10 pontos; o S&P 500 perdeu 0,42%, aos 4.496,82 pontos; e o Nasdaq teve queda de 0,08%, aos 14.020,95 pontos.

As bolsas europeias fecharam com viés de baixa. Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,20% a 7.437,93 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em queda de 0,34%, a 15.771,71 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,34%, a 7.254,72 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,02%, a 28.652,18 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,17%, a 9.400,10 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,56%, a 6.148,56 pontos. As cotações são preliminares.

Atividade industrial no Brasil

No Brasil, a indústria recuou mais que as estimativas medianas em julho, segundo dados divulgado nesta terça-feira pelo IBGE. Em síntese, a queda de 0,6% foi impulsionada principalmente pelo segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias, que desceram 6,5%.

“Provavelmente, isso foi resultado da ressaca após o plano de créditos tributários para o setor, que o governo lançou no segundo trimestre”, avalia o economista André Perfeito. Porém, “isso tende a se normalizar no mês de agosto, com a produção voltando ao antigo patamar”, acrescenta.

Índices globais também afetam Ibovespa

O PMI de Serviços Caixin da China caiu em agosto na comparação mensal, abaixo das previsões. Isso aponta para uma desaceleração da economia chinesa no mês. O dado afeta diretamente os mercados globais nesta terça.

As economias europeias apontam para uma desaceleração, o que ajuda a aumentar o pessimismo no mercado de ativos de risco. Os PMIs compostos de Reino Unido e da zona do euro, divulgados nesta terça, apontam para uma redução na atividade econômica na região.  

O PMI composto do Reino Unido (final) recuou a 48,6 em agosto, enquanto o PMI de serviços da China (final) desceu a 51,8 no mesmo período. Na zona do euro, o indicador recuou a 46,7 em agosto, mínima em 33 meses.

Assim, “a retração global da atividade foi a mais rápida desde novembro de 2020 e foi generalizada nos setores da indústria transformadora e dos serviços, com estes últimos contraindo pela primeira vez em 2023”, avalia a S&P Global em relatório.

Com informações do Estadão Conteúdo

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