Mercado

Ibovespa fecha no vermelho, com Magalu (MGLU3) e Renner (LREN3) em forte queda; dólar também cai

Ibovespa e dólar fecham o dia em queda em pregão marcado por baixa liquidez, ganhos de commodities e perdas no varejo

Depois de abrir oscilante, a bolsa de valores enveredou para o campo negativo. Simultaneamente, o dólar fechou em queda. O início do dia parecia promissor para o Ibovespa, com o bom desempenho das ações de commodities metálicas e novas projeções macroeconômicas para o Brasil.

Porém, ao longo do dia, o índice foi perdendo força e acabou no vermelho, puxado pelo setor de varejo. Estiveram entre as maiores quedas do Ibovespa, principal índice da bolsa, Magazine Luiza (MGLU3) e Renner (LREN3), que caíram 2,80% e 2,13%, respectivamente.

Assim, o Ibovespa fechou em queda de 0,10%, a 117.776,62 pontos. O índice perde parte dos ganhos da sexta-feira, quando a alta foi de 1,86%.

Dólar hoje

Em relação ao câmbio, o dólar caiu 0,12% em relação ao real, cotado a R$ 4,9348.

No cenário internacional, a moeda norte-americana também se desvaloriza. O DXY, índice que compara o dólar a outras seis moedas importantes, cedeu 0,11%, a 104,12 pontos.  

Ações em alta

Entre todas as ações da bolsa, a lista das que tiverem a maior alta foi encabeçada pela Recrusul, que avançou mais de 13%. A empresa foi acompanhada pela Alper, que ficou com o segundo maior ganho do pregão. Entre as maiores altas do dia, destaque também para a empresa de programa de pontos, Méliuz, com o maior volume negociado entre as campeãs do dia.

  • Recrusul (RCSL3) +13,40%
  • Alper (APER3) +7,16%
  • Desktop (DESK3) +5,46%
  • Méliuz (CASH3) +4,41%
  • Mater Dei (MATD3) +4,40%

Ações em baixa

Na ponta inferior, a Azevedo & Travassos ficou com a pior queda. A empresa anunciou, na semana passada, que vai prorrogar por 36 meses o prazo para quitar uma dívida de R$ 37 milhões.

Com isso, a empresa ocupou os dois piores lugares no ranking de desempenho de ações da bolsa nesta segunda.

Além dela, destaque para a Gafisa, que também esteve na lista e foi a ação mais negociada entre as piores.

  • Azevedo & Travassos (AZEV4) -9,19%
  • Azevedo & Travassos (AZEV3) -7,72%
  • Lupatech (LUPA3) -5,36%
  • Traders Club (TRAD3) -4,80%
  • Gafisa (GFSA3) -4,63%

Os rankings abrangem ações com volume superior a R$ 1 milhão no dia. As cotações foram apuradas entre as 17h15 e 17h20 e estão sujeitas a atualizações.

Bolsas mundiais

Os mercados acionários da Europa fecharam a segunda-feira em leve queda, na falta de impulso das bolsas de Nova York, fechadas devido a feriado norte-americano, e após a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reforçar a importância de retornar a inflação da zona do euro à meta de 2% no médio prazo.

Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,16% a 7.452,76 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em queda de 0,10%, a 15.824,85 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,24%, a 7.279,51 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 0,01%, a 28.647,33 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,41%, a 9.411,10 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,02%, a 6.183,46 pontos. As cotações são preliminares.

Nova projeção para o PIB de 2023

O mercado repercutiu as novas projeções do boletim Focus , do Banco Central, para a economia. Com o avanço de 0,9% do PIB no terceiro trimestre, acima do esperado, a previsão de alta do PIB para o ano passa a ser de 2,56%.

Antes, a expectativa de crescimento para 2023 era de 2,31%.

A economia deve crescer 1,32% no ano que vem e 1,90% em 2025, o que significa estabilidade em relação às estimativas anteriores.

Inflação

Ao mesmo tempo, a perspectiva para a inflação aumentou, passando de 4,90%, projetados anteriormente, para 4,92%.

Para 2024, a projeção se manteve praticamente estável, a 3,88%, e permaneceu em 3,50% para 2025.

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