Mercado

Ibovespa fecha no vermelho e interrompe sequência positiva; dólar também cai

Moeda americana acumula quedas consecutivas e bate menor patamar em mais de um ano

Ibovespa e dólar iniciaram esta terça-feira (13) buscando renovar seus patamares de alta. O principal índice da bolsa caminhava para mais um pregão de ganhos depois de emplacar a sétima alta seguida na segunda-feira, mas o humor do mercado mudou com relação aos ativos de risco ainda no começo da tarde.

No fechamento, o Ibovespa consolidou queda, de 0,51%, recuando para 116.742 pontos.

O dólar caiu 0,08%, cotado a R$ 4,86, o menor nível desde 7 de junho de 2022, quando a mínima daquele pregão foi de R$ 4,7913. A moeda americana cai pela oitava sessão seguida.

Petrobras em queda

As ações da Petrobras também caíram nesta terça-feira depois de sessões seguidas de resultados positivos. As ações da companhia desceram 0,55% (PETR4) e 0,28% (PETR3).

Os investidores têm no radar esta semana o pagamento de dividendos da Petrobras. A empresa, uma das mais importantes da bolsa brasileira, anunciou que vai pagar a segunda parcela dos dividendos complementares na próxima sexta-feira.

Assim, o valor por ação ordinária e preferencial, já corrigido pela taxa Selic , será de R$ 0,92692932.

Maiores altas do Ibovespa

As ações da Prio (PRIO3) puxaram as altas no Ibovespa, subindo 3,62%, acompanhada de perto pela Embraer (EMBR3), que subiu 2,08%, e Santander (SANB11), que avançou 1,61%.

Destaque também para os frigoríficos. A Marfrig (MRFG3) subiu 1,24%, e Minerva (BEEF3) valorizou 1,55%.

As ações da Vale (VALE3) também ajudam a segurar as perdas do Ibovespa. Os papéis da mineradora subiam 1,06% no horário mencionado. O Itaú (ITUB4) também avançou: +1,13%.

Juros

O mercado se atenta à reunião do Fed (Federal Reserve , o banco central americano), que começa nesta terça-feira e tem decisão anunciada para a quarta (13). A perspectiva dominante no mercado é de pausa nas altas das taxas de juros depois de indicadores apontarem um esfriamento moderado da economia americana.

Já a reunião do Banco Central do Brasil será na próxima semana, com início no dia 20 e divulgação da decisão sobre a taxa de juros na quarta (21). A perspectiva é de manutenção da Selic em 13,75%.

Nesta terça, o Itaú divulgou projeção indicando que as taxas de juros devem cair a partir de setembro. O banco prevê taxa em 12,50% ao final de 2023.

Inflação nos EUA

O CPI, principal índice de inflação dos EUA, subiu 0,1% em maio ante abril, e a taxa anual desacelerou a 4,0%. Os números vieram em linha com as projeções do mercado, o que reforça a ideia de uma pausa na alta dos juros na maior economia do mundo.

Dólar

A desaceleração da inflação americana ajudou a empurrar o dólar para baixo nesta terça. Sobre a moeda americana, o Itaú projeta para o final de 2023 cotação em R$ 5.

“No contexto doméstico, houve alguma redução dos ruídos sobre política econômica, e o patamar de taxa de juros também ajuda a moeda”, aponta o relatório assinado por Mario Mesquita, economista-chefe da instituição.

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