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Ibovespa ganha força no fim, sobe 0,65% e retoma 130 mil pontos; dólar recua 0,52% e fecha em R$ 5,66

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quinta-feira (24) e o que movimentou os ativos

Depois de iniciar a sessão em queda, o Ibovespa virou para o campo positivo ao longo da tarde, onde se firmou até o fim do pregão.

O índice encerrou o dia com alta de 0,65%, retomando o patamar de 130 mil pontos, aos 130.067 pontos, perto da máxima do dia, de 130.130 pontos.

Ibovespa hoje

Na mínima diária, o índice bateu 128.798 pontos. Antes da divulgação do balanço da Vale, as ações da companhia avançaram 0,59%, a R$ 59,70.

Em uma sessão com pouca liquidez e volume financeiro de R$ 13,5 bilhões no índice e R$ 18,3 bilhões na B3, falas de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, de que os preços do mercado estão “um pouco exagerados” levaram a uma forte correção dos juros futuros longos, o que pesou sobre a bolsa.

Declarações de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, também ajudaram a provocar certa descompressão nos prêmios dos ativos domésticos, ao reafirmar a confiança no arcabouço fiscal.

Dólar hoje

O dólar à vista encerrou a sessão em queda, com o real ficando entre as cinco moedas com melhor desempenho no dia, da relação das 33 divisas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.

A dinâmica é a oposta da observada no início da sessão, quando a divulgação do IPCA-15 de outubro (com composição pior do que o esperado pelos agentes do mercado) estressou os ativos locais, com os juros futuros de médio e longo prazo batendo 13%.

Ao longo das negociações, porém, falas de autoridades ajudaram a aliviar o prêmio de risco nos ativos brasileiros.

Primeiro o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse “não ver ingredientes para dominância fiscal”

Depois o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que os preços dos ativos brasileiros estão “um pouco exagerados”, complementando que o BC não trabalha só com o que está precificado no mercado.

Ao lado de Campos Neto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou sua confiança no arcabouço fiscal e disse que ele deve ser reforçado.

Diante desse cenário, o dólar à vista foi às mínimas da sessão perto do fechamento, encerrando em queda de 0,52%, cotado a R$ 5,6629, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,6619 e tocado na máxima de R$ 5,7198 pela manhã.

Já o euro comercial recuou 0,11%, a R$ 6,1324.

No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta se seis moedas de mercados desenvolvidos, recuava 0,39%, aos 104,026 pontos, às 17h15.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam sem direção definida, Nasdaq se beneficiando da forte alta de ações da Tesla, Viking Therapeutics e da Molina Healthcare em mais um pregão bastante focado nos resultados financeiros do terceiro trimestre.

No fechamento, o índice Dow Jones caía 0,33% a 42.374,36, o S&P 500 subia 0,21% a 5.809,86 e o Nasdaq avançou 0,76% a 18.415,49 pontos.

Ontem depois do fechamento do mercado a Tesla divulgou um crescimento de 17% nos lucros do terceiro trimestre para US$ 2,17 bilhões.

A expectativa do mercado era de um lucro por ação de US$ 0,49, bem abaixo dos US$ 0,62 registrados, o que levou as ações da empresa a fechar com alta de 22%.

Já a farmacêutica Viking Therapeutics saltou mais de 21% após fornecer detalhes sobre um tratamento que poderia rivalizar com a gigante dos medicamentos para perda de peso Eli Lilly.

A Viking fechou em alta de 21,25%, enquanto a Eli Lilly caiu mais de 1%.

A empresa de seguros de saúde Molina Healthcare subiu 17,6% depois de registrar resultados melhores que o esperado por Wall Street.

O Dow Jones foi pressionado pela queda de mais de 6% depois de registrar prejuízo no terceiro trimestre de US$ 330 milhões, enquanto as ações do conglomerado industrial Honeywell registrou lucro abaixo do esperado pelo mercado.

Já as ações da Boeing recuaram mais de 1% depois da fabricante de aviões não conseguir fechar um acordo com seus funcionários, que estavam em greve.

Bolsas da Europa

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira impulsionadas por resultados positivos das empresas e por um dólar mais fraco.

“O sentimento de risco está mais alto hoje, com os dados de lucros e a queda nos rendimentos dos títulos impulsionando as ações”, disse Kathleen Brooks, diretora de pesquisa da XTB.

No fechamento, o índice Stoxx subia 0,06% a 519,20 pontos.

FTSE 100, de Londres, avançava 0,15% a 8.270,95, o Dax de Frankfurt ganhou 0,40% a 19.454,55 e o CAC 40 de Paris teve alta de 0,13% a 2.769,4 pontos.

A alta foi, contudo, limitada pela falta de clareza no resultado das eleições americanas. Segundo Brooks, a perspectiva de não haver uma vitória clara não pode ser descartada.

“O mercado pode estar precificando uma chance maior de um corte de taxa pelo Fed em novembro, em parte porque nenhum resultado claro desta eleição pode afetar o sentimento e pesar no crescimento econômico, forçando o Fed a mais cortes de taxa”, disse.

Mais cedo, os índices de gerente de compras (PMIs) da Alemanha, Reino Unido e zona do euro mostraram uma atividade fraca na região.

Embora tenham registrado ligeira alta, os PMIs permaneceram em território contradicionista, na maioria dos países.

Barclays fechou em alta de 4% e Unilever subiu 3% depois de divulgarem resultados acima do esperado, o que impulsionou o mercado.

Também deu suporte às bolsas a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) corte os juros mais rápido que o esperado devido a maior estagnação da economia e de supostos sinais dados por dirigentes do BCE.

Esta semana a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que cortes de 0,25 ponto percentual não são uma certeza e eles poderão ser maiores caso a economia esfrie.

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