Mercado

Ibovespa recua 0,37% com avanço dos juros futuros; dólar atinge maior nível desde março de 2021

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta terça-feira (29) e o que movimentou os ativos

A subida dos juros futuros e o recuo das ações da Vale e da Petrobras limitaram um desempenho positivo do Ibovespa na sessão de hoje. O índice recuou 0,37%, aos 130.730 pontos, perto da mínima do dia (130.693 pontos). Já na máxima, o índice chegou aos 131.765 pontos. O volume financeiro ficou bastante reduzido durante a sessão e chegou a R$ 12,7 bilhões. Na B3, o montante chegou a R$ 17,1 bilhões.

A expectativa pelo anúncio de um pacote de corte de gastos pelo governo ganhou tons mais pessimistas após falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta tarde. O chefe da equipe econômica disse que “não há data” e que “não chamaria de pacote” as eventuais medidas para corte de gastos. Agentes financeiros aguardavam o anúncio com ansiedade.

No Ibovespa, as ações de Minerva e Marfrig responderam pelas maiores altas ao subir 3,02%, a R$ 5,79, e 2,98%, a R$ 15,20 respectivamente. A queda das units do Santander ficou no topo dos maiores recuos, ao cair 5,13% e fechar a R$ 27,39.

Em NY, o movimento foi misto nas bolsas americanas: o Nasdaq e o S&P 500 subiram 0,78% e 0,16%, nessa ordem, enquanto o Dow Jones caiu 0,36%.

Dólar

O dólar à vista encerrou a sessão em alta firme, no maior patamar de fechamento desde o dia 30 de março de 2021. O motivo da desvalorização forte do real hoje seria o mau humor de investidores globais com moedas de mercados emergentes, em especial da América Latina, conforme avaliação de operadores de câmbio. As eleições americanas e a força da economia dos Estados Unidos continuam exercendo pressão sobre as divisas da região. No ranking das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor, os três piores desempenhos vieram dos pesos chileno e colombiano e do real.

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não há previsão para anúncio de cortes de gastos do governo, o que frustrou os agentes.

Terminadas as negociações, o dólar comercial encerrou em alta de 0,92%, cotado a R$ 5,7610, no maior patamar desde 30 de março de 2021, quando fechou a R$ 5,7614. A mínima do dia foi de R$ 5,6979 e a máxima de R$ 5,7666. Já o euro comercial teve valorização de 0,90%, a R$ 6,2303. Perto do fechamento, o dólar avançava 1,01% ante o peso chileno e 0,95% contra o peso colombiano. Já contra o peso mexicano a alta era de 0,27%.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram a terça-feira (29) em queda, revertendo os ganhos do início do pregão, com foco na temporada de balanços corporativos e após dados fracos do mercado de trabalho americano.

O índice Stoxx 600 fechou em queda de 0,58%, a 517,92 pontos, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,27%, a 19.478,07 pontos, o FTSE 100, da bolsa de Londres, cedeu 0,80%, para 8.219,61 pontos, e o CAC 40, de Paris, caiu 0,61%, para 7.511,11 pontos.

As ações da BP caíram quase 5% na Bolsa de Londres, após a empresa reportar seu menor lucro em quatro anos, devido à fraqueza do mercado de commodities. Já os papéis do HSBC avançaram 3,2%, refletindo resultados trimestrais melhores do que o esperado.

Na Alemanha, as preocupações com o setor industrial pesaram no sentimento do investidor, após a Volkswagen anunciar o fechamento de fábricas e cortes de vagas e salários.

Entre os dados, o relatório Jolts de setembro dos Estados Unidos mostrou a abertura de menos vagas de emprego. “A preponderância dos dados ainda não nos convenceu de que a demanda por mão de obra se estabilizou”, diz o Wells Fargo, em relatório.

O banco vê o Federal Reserve (Fed) “se concentrando na tendência mais ampla de que o mercado de trabalho esfriou substancialmente ao longo do último ano” e está um pouco mais suave do que antes da pandemia.

Por fim, o orçamento do Reino Unido, que será divulgado na quarta-feira (30), pode revelar planos de gastos fiscais maiores do que o esperado, aumentando, com isso, as expectativas de inflação e reduzindo as estimativas de cortes nas taxas de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE).

Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3. Se já é investidor e quer analisar todos os seus investimentos, gratuitamente, em um só lugar, acesse a Área do Investidor.