Mercado

Ibovespa segue pressionado por temores fiscais e recua mais de 1%; dólar sobe quase 2%

As preocupações contínuas com a política fiscal e a liquidez reduzida antes do feriado de Natal pressionaram o Ibovespa nesta segunda

As preocupações contínuas com a política fiscal e a liquidez reduzida antes do feriado de Natal pressionaram o Ibovespa nesta segunda-feira. Apesar da leve alta das ações da Vale e da Petrobras, a maior parte dos papéis encerrou em queda, com destaque negativo para as empresas domésticas e os bancos.

Ibovespa hoje

O Ibovespa recuou 1,09%, aos 120.767 pontos, próximo à mínima de 120.617 pontos, enquanto a máxima alcançou os 122.105 pontos.

A nova rodada de desancoragem das expectativas de inflação, apontadas pelo Boletim Focus, do Banco Central, pesou sobre os juros futuros e puniu as ações ligadas à economia local. O volume financeiro do Ibovespa foi de R$ 15 bilhões e de R$ 20 bilhões na B3 (até as 17h15).

Entre as maiores quedas da sessão, Automob ON despencou 19,05%, mantendo a volatilidade elevada do papel, e Azul PN caiu 9,34%, em dia de forte alta do dólar ante o real. O setor bancário cedeu em bloco: Bradesco PN (-1,79%), Itaú PN (-1,94%) e BTG units (-2,82%).

Nem a alta das commodities foi capaz de dar algum suporte ao índice: a ação ordinária da Vale avançou 0,42% e da Petrobras ganhou 0,76%.

Dólar hoje

O dólar à vista encerrou as negociações em alta forte nesta segunda-feira, avançando quase 2%, em meio a um fortalecimento global da moeda americana. A perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) irá manter seu tom conservador e não deve cortar as taxas de juros de forma muito rápida nos EUA pesou, especialmente sobre os mercados emergentes.

Diante do mau humor local com a seara fiscal e possivelmente pela sazonalidade (dólar mais escasso no mercado), a moeda disparou neste pregão, com a cotação comercial apreciando 1,87%, a R$ 6,1855, depois de ter tocado a mínima de R$ 6,1091 e batendo na máxima de R$ 6,2003.

Já o euro comercial exibiu valorização de 1,59%, cotado a R$ 6,4409. Perto das 17h10, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,40%, aos 108,053 pontos.

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram o dia sem direção comum, no início de uma semana mais curta de negociações devido ao feriado de Natal e com os investidores avaliando dados econômicos. O setor automotivo caiu mais de 1%.

O índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,07%, a 502,55 pontos. O DAX, de Frankfurt, recuou 0,18%, a 18.848,77 pontos. O FTSE, da bolsa de Londres, teve alta de 0,22%, para 8.102,72 pontos. Já o CAC 40, de Paris, caiu 0,03%, para 7.272,32 pontos.

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