Mercado

Ibovespa sobe 0,45% com Vale e Embraer; dólar fica estável acima de R$ 5

As companhias de exportação ganharam fôlego, acompanhando a alta das commodities no exterior

Painel Bolsa (B3)
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) encerraram em baixa de 0,77%, a R$ 23,38.

A bolsa de valores fechou em alta de 0,45%, aos 127.528,85 pontos, nesta terça-feira (19/03). A alta foi provocada pelo embalo das ações da Vale (VALE3) e da Embraer (EMBR3). As companhias de exportação ganharam fôlego no principal índice da bolsa, acompanhando a alta das commodities no exterior.

Já o dólar permaneceu acima dos R$ 5 pelo segundo pregão seguido, e fechou com leve ganho sobre o real brasileiro. A moeda norte-americana está atualmente cotada a R$ 5,0297.

Ibovespa

O dia foi marcado, por exemplo, pela divulgação do Boletim Focus . O documento indicou, pela quinta semana consecutiva, melhora nas estimativas do PIB brasileiro.

Para analistas, o Ibovespa reagiu com ganhos após se aproximar do suporte de 125 mil pontos. Mas, como destaca o analista da Nova Futura, Gustavo Bezerra, “o movimento mais relevante” da bolsa de valores brasileira ficará para amanhã, dia de Super Quarta.

Nesta quarta-feira (20), tanto o Banco Central quanto o Federal Reserve (Fed, homônimo dos Estados Unidos) decidem sobre os juros brasileiro e americano, respectivamente.

“Enquanto o Ibovespa não romper os 128.500 pontos, onde está a média móvel de 20 períodos, é melhor ter cautela”, destaca Bezerra.

As ações da Vale (VALE3) foram destaque positivo e ajudaram o Ibovespa a se recuperar. No mês o índice registra queda de 1,10%. As ações da mineradora subiram 0,97%.

Já a Embraer (EMBR3) avançou 6,21% no Ibovespa, entre as principais altas. Além disso, a Petz subiu 5,24%, com impulso pelo boato de fusão com a seguradora para animais de estimação, a Petlove. “A fusão criaria a maior empresa do setor”, destaca Marcelo Boragini, especialista em renda variável da Davos Investimentos.

O destaque negativo ficou com as ações do Magazine Luiza (MGLU3), que sofreram impacto negativo do resultado financeiro do quarto trimestre.

A ação do Magazine Luiza (MGLU3) despencou 6,19% no Ibovespa hoje. A Ativa Investimentos destacou que o resultado financeiro veio “misto”, porque se de um lado o marketplace continua com bom desempenho sobre vendas, o Difal “continua aumentando o peso no faturamento bruto” do Magalu.

Dólar

O dólar registrou um avanço ligeiro de 0,08% sobre o real. Assim, a moeda norte-americana fechou o pregão cotada a R$ 5,0297.

“O dólar se comportando ‘de lado’ hoje, sem muitos movimentos. O mercado está trabalhando com muita expectativa sobre a Super Quarta”, afirma Boragini.

Assim como no Brasil, o dólar ganhou força no exterior. O índice DXY, que mede a força da divisa dos EUA contra pares importantes da economia global, avançou 0,38%, a 103,83 pontos.

Maiores ações

A maior ação, considerando todos os ativos dos índices da Bovespa, foi a da construtora de alto padrão Helbor (HBRE3). O papel subiu mais de 12%, com movimentação de volume de R$ 6,3 milhões durante o pregão.

Confira abaixo as cinco maiores ações da bolsa de valores. A lista segue como critério elencar apenas papéis cujo volume total transacionado ultrapassou R$ 1 milhão.

  • Helbor ON (HBRE3): +11,70%
  • Embraer ON (EMBR3): +6,65%
  • Guararapes ON (GUAR3): +6,13%
  • Braskem ON (BRKM3): +6,03%
  • Braskem PNA (BRKM5): +5,39%


Ações em baixa

Por outro lado, a ação em baixa da bolsa de valores, novamente, foi a da Gafisa (GFSA3). Ontem, a empresa já sofreu um tombo na Bovespa porque o pedido da gestora Esh para a convocação de uma assembleia geral ordinária em abril foi declarado ilegal pela CVM. O papel da Gafisa (GFSA3) caiu 17,91%.

Veja a seguir as cinco ações em baixa do Ibovespa. O ranking segue os mesmos critérios da lista de melhores ações.

  • Gafisa ON (GFSA3): -17,91%
  • Sequoia (SEQL3): -10,87%
  • Magazine Luiza ON (MGLU3): -6,19%
  • Terra Santa ON (LAND3): -6,06%
  • Espaço Laser ON (ESPA3): -4,67%


Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em alta, com o S&P 500 em máxima histórica, na véspera de decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Os índices reverteram fraqueza observada na primeira parte do pregão, em meio a recuperação nos setores financeiro e de tecnologia.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 0,56%, a 5.178,51 pontos, renovando recorde histórico de fechamento, na esteira da recuperação do setores de tecnologia (+0,64%) e financeiro (+0,48%). Na divisão de setores do índice, energia (+1,08%) liderou os ganhos, acompanhando alta do petróleo entre commodities. O Dow Jones subiu 0,83%, a 39.110,76 pontos, e o Nasdaq avançou 0,39%, a 16.166,79 pontos.

Bolsas da Europa

As bolsas europeias fecharam em alta. O clima positivo puxou o índice referencial do mercado de Frankfurt para nova máxima histórica de fechamento. Paris também renovou recorde. Um vetor para revigorar o ânimo comprador veio do índice de expectativas econômicas da Alemanha, que subiu muito acima do esperado em março. O ímpeto desafiou a habitual cautela que limita a movimentação dos investidores antes da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que terminará amanhã.

O DAX, de Frankfurt, teve variação positiva de 0,31%, fechando aos 17.988,13 pontos, em nova marca inédita de fechamento. Assim como em Frankfurt, o índice de referência de Paris, o CAC 40, fechou em alta de 0,65%, aos 8.201,05 pontos, renovando o recorde histórico de fechamento. Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou com ganho de 0,20%, aos 7.738,30 pontos.

Em Madri, o Ibex 35 avançou 1,07%, aos 10.710,00 pontos, enquanto o FTSE Mib, de Milão, ganhou 0,95%, aos 34.262,36 pontos. Por fim, o mercado de Lisboa foi na contramão e o PSI 20 cedeu 0,78%, a 6.122,82 ponto.

*Com informações de Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires

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