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Ibovespa sobe 0,64% e mantém 126 mil pontos; dólar cai para menor valor em 2 meses

Ibovespa subiu 0,64% na bolsa de valores mesmo diante de aumento na prévia de inflação; dólar hoje cai a R$ 4,87 com exterior no radar

O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira (28/11), com os investidores mais uma vez animados com os ativos de risco brasileiros. O índice encerrou o pregão em alta de 0,64%, a 126.528,32 pontos. O dólar, por outro lado, caiu no pregão desta terça-feira. A moeda norte-americana terminou o dia cotada em R$ 4,8719, no menor patamar desde 19 de setembro.

O dia de negociações foi influenciado principalmente pela divulgação do IPCA-15 de novembro. O dado, que é considerado como uma prévia da inflação por economistas, veio acima do esperado pelas projeções do mercado. Mesmo assim, economistas notam que a prévia não deve alterar a queda contratada de mais 0,5 ponto percentual da taxa de juros, a Selic. E isso animou investidores.

Ibovespa hoje: IPCA acima do esperado, mas com um ‘porém’

O IPCA influenciou o bom-humor do investidor na bolsa de valores hoje. Com a alta do Ibovespa, o mercado interpretou a prévia da inflação como algo mais natural no fim de ano.

Isso porque os preços do grupo de Alimentação e bebidas avançaram de 0,17 ponto percentual, o que pesou na inflação. No entanto, de acordo com o economista-chefe da Mirae Asset, Julio Hegedus, o indicador “não deve mudar a percepção do BC sobre a política de juros”.

“A alta de alimentos e bebida não surpreendeu pela sazonalidade do final de ano. Importante considerar que, no qualitativo, as médias do núcleo de serviços acabaram abaixo do esperado, embora em alta”, diz Hegedus.

O IPCA-15 “veio um pouco pior”, diz Nicolas Borsoi, da Nova Futura. Mas o economista não vê motivos para alterar o cenário de que a inflação de 12 meses deve terminar 2023 em 4,5%.

Frigoríficos surfaram alta na bolsa hoje, com Marfrig liderando ganhos no Ibovespa. O papel ON (MRFG3) subiu 6,77%, enquanto Minerva e BRF ficaram mais para trás. A ação da MRV (MRVE3) saltou 5,41% com a queda da curva de juros futuros.

Dólar hoje

O dólar hoje registrou queda em comparação com o real brasileiro. A moeda norte-americana teve queda 0,57%, cotada a R$ 4,8719.

No cenário global, o dólar também perdeu força. O índice DXY, que mede a moeda norte-americana frente a outras moedas importantes como o iene e o euro, teve queda de 0,44%, cotado a 102,746 pontos.

Ações em alta na bolsa de valores hoje

Os investidores premiaram as ações de Springs (SPGS3) com a maior alta da bolsa de valores hoje. No pregão, o papel da fabricante de tecidos e parceira da varejista asiática Shein no Brasil subiu 10,17%. O volume negociado chegou a R$ 2,7 milhões.

Em seguida, a empresa de software Valid (VLID3) registrou alta de 7,80% na Bovespa.

Confira abaixo as cinco ações com maior alta nesta terça-feira (28). A lista contempla apenas papéis que movimentaram um volume de transação igual ou superior a R$ 1 milhão, e foi atualizada às 18h35.

  1. Springs ON (SPGS3): +10,17%
  2. Valid ON (VLID3): +7,80%
  3. Lojas Quero-Quero ON (LJQQ3): +7,61%
  4. Marfrig ON (MRFG3): +6,77%
  5. Log In ON (LOGN3): +6,64%

Ações com maiores baixas na bolsa de valore hoje

Por outro lado, na lanterna da bolsa de valores, as ações da varejista Americanas registraram a maior baixa no pregão de hoje. O papel ordinário (AMER3) perdeu 10,58% de valorização, em meio a notícias de que o trio de acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, teria chegado a um acordo com bancos para a capitalização de R$ 24 bi na Americanas.

As ações da geradora de energia Eneva (ENEV3) também sofreram com a volatilidade e figuram entre as piores baixas.

Confira as cinco ações com as maiores baixas na bolsa de valores hoje. A lista segue o mesmo critério dos papéis com maiores altas.

  • Americanas ON (AMER3): -10,58%
  • Banco BMG PN (BMGB4): -4,73%
  • Azevedo&Travassos ON (AZEV3): -4,69%
  • Eneva ON (ENEV3): -3,06%
  • Melnick ON (MELK3): -3,01%

Bolsas de Nova York

Assim como no Brasil, as bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira. Na sessão, os índices foram impulsionados por perspectivas de relaxamento no aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Entre os indicativos, os destaques foram as falas do diretor da autoridade Christopher Waller, que sinalizou satisfação com a trajetória da inflação em direção à meta com a atual política e até um eventual corte de juros diante de uma continuidade no quadro.

O índice Dow Jones encerrou o pregão em alta de 0,24%, a 35.416,98 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,10%, a 4.554,89 pontos. Já o Nasdaq subiu 0,29%, a 14.281,76 pontos.

Bolsas na Europa

As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta terça, em meio a ponderações sobre política monetária no Reino Unido e na zona do euro. Em Frankfurt, o índice DAX colocou em segundo plano incertezas sobre a trajetória fiscal do governo. No mercado britânico houve queda, mas ela foi amortecida pelo salto nas ações da montadora Rolls-Royce.

Em Londres, o FTSE 100 fechou em queda de 0,07%, a 7.455,24 pontos. Na Alemanha, o índice DAX subiu 0,16%, a 15.992,67 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve queda de 0,21%, a 7.250,13 pontos. Por outro lado, em Madri o Ibex35 avançou 0,68%, a 10.003,40 pontos, enquanto o PSI 20 teve alta de 1,13%, a 6.438,31 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve alta de 0,12%, a 29.376,74 pontos.

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