Mercado

Ibovespa sobe 0,65% com Vale, Petrobras e bancos; dólar fica estável

Índice fechou aos 127.690,62 pontos nesta quarta-feira (27); dólar ficou estável

A bolsa de valores fechou em alta de 0,65%, aos 127.690,62 pontos nesta quarta-feira (27/03). O pregão ficou no campo positivo, com o Ibovespa em alta com o disparo das ações de Petrobras (PETR3;PETR4) e Vale (VALE3), depois de iniciar o dia em queda. Ao mesmo tempo, as ações da JBS (JBSS3) caíram no pregão após a divulgação de resultados ser negativa entre agentes do mercado financeiro.

Por outro lado, o dólar terminou o pregão estável diante do real brasileira. A moeda norte-americana recuou para R$ 4,9793, uma ligeira queda de 0,07%. No exterior, os títulos do Tesouro americano, os Treasuries, registraram queda.

Ibovespa

O índice Ibovespa engatou uma alta provocada pelo embalo dos principais papéis do setor de commodities e financeiros.

Analistas também destacam que houve “uma tração maior do índice” com altas dos papéis sensíveis a juros e à economia doméstica. É a avaliação de Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

Apesar de abrir em queda, o Ibovespa se recuperou na sessão “conforme o mercado analisa e consolida” consensos sobre a temporada de resultados, diz Felipe Pohren, sócio da Matriz Capital.

No dia, Mota destaca que houve um avanço dos bancos no Ibovespa. As ações preferenciais do Bradesco (BBDC4) subiram 1,56%, enquanto as ordinárias saltaram 1,43%. O papel da B3 (B3SA3) também ficou entre os destaques positivos, com alta de 1,35%.

A ação PN do Itaú também acumulou ganhos no pregão, subindo 0,55%, assim como o papel UNIT de Santander (SANB11), com valorização de 0,96%.

Com maior peso no Ibovespa, as ações da Vale (VALE3) subiram 0,92% no índice. As ações PN e ON da Petrobras (PETR4;PETR3) tiveram ganho de 0,80% e 1,22%, respectivamente.

Dólar

Simultaneamente, o dólar reverteu os ganhos contra o real em perda no pregão. A moeda norte-americana caiu para R$ 4,9793, uma ligeira desvalorização de 0,07%.

No exterior, contudo, o dólar permaneceu estável diante de outras moedas importantes, como o iene e o euro. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar no âmbito global, ficou no zero a zero, estacionado em 104,29 pontos.

Ações em alta

Considerando todas as ações dos índices do Ibovespa, o melhor desempenho do dia ficou com o ativo da João Fortes (JFEN3). A empresa de engenharia e em recuperação judicial saltou 57,31% na bolsa de valores.

Confira abaixo as cinco maiores ações da bolsa de valores. A lista têm como critério elencar apenas ativos do Ibovespa que movimentaram mais de R$ 1 milhão em transações durante o dia de negociação.

  • João Fortes ON (JFEN3): +57,31%
  • AgroGalaxy ON (AGXY3): +16,47%
  • C&A Modas ON (CEAB3): +9,49%
  • Viveo ON (VVEO3): +8,40%
  • ClearSale ON (CSLA3): +8,05%

Ações em queda

A ação em queda foi o ativo da Internacional Meal Company, a IMC (MEAL3). Os investidores repercutiram negativamente o balanço da companhia no quarto trimestre de 2023.

A dona das marcas KFC e Pitza Hut reverteu o lucro líquido de R$ 122 milhões no quarto trimestre de 2022 em um prejuízo de R$ 76,2 mi em igual período de 2023.

Assim, as ações caíram 18,48%, liderando as baixas.

  • IMC ON (MEAL3): -18,48%
  • Mobly ON (MBLY3): -9,09%
  • Azevedo&Travassos PN (AZEV4): -8,06%
  • Armac ON (ARML3): -7,81%
  • Ser Educacional ON (SEER3): -7,47%

Bolsas de Nova York

Os mercados acionários de Nova York abriram em alta, mas o Nasdaq chegou a oscilar em parte do dia, com ações de companhias de tecnologia e serviços de comunicação pressionadas. Mais adiante, o quadro de recuperação se confirmou, com melhora na reta final e recorde histórico de fechamento do índice S&P 500. Alguns setores do S&P 500, como saúde, indústria e financeiro, exibiram mais força, mesmo ante expectativa geral por números do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), ainda nesta semana, bem como por declarações de um dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), após o fechamento desta quarta.

O índice Dow Jones fechou com ganho de 1,22%, em 39.760,08 pontos, o S&P 500 avançou 0,86%, a 5.248,49 pontos, e o Nasdaq subiu 0,51%, a 16.399,52 pontos.

Bolsas da Europa

Os mercados acionários da Europa encerraram a sessão em alta, com Frankfurt como destaque ao prolongar a sequência de fechamentos em máximas recordes. Paris perdeu fôlego no fim do pregão, mas também renovou sua máxima histórica de fechamento. Enquanto isso em Madri, o Ibex superou os 11.000 pontos, o que não ocorria desde 2007, segundo o jornal Expansión. O clima continuou embalado por dados regionais, como o que apontou melhora acima do esperado do sentimento na zona do euro. O ambiente mais promissor também tem sido retratado nos balanços. A varejista de moda Hennes & Mauritz (H&M) disparou com resultado trimestral acima do esperado.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,49%, com o índice referencial alemão atingindo a marca inédita de 18.475,06 pontos no fechamento. Na máxima intradiária, o índice marcou 18.511,17 pontos. Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou com variação de 0,01%, aos 7.931,98 pontos. Enquanto isso, o CAC 40, de Paris, avançou 0,25%, aos 8.204,81 pontos, patamar recorde, desacelerando da máxima histórica intradiária de 8.230,38 pontos registrada mais cedo. As cotações são preliminares.

Os demais mercados da região também acompanharam o desempenho positivo. O Ibex 35, de Madri, subiu 1,09%, aos 11.111,30 pontos, com a Inditex, proprietária da Zara, entre as cinco principais altas porcentuais, após avançar 2,30%.

O PSI 20, de Lisboa, fechou com alta de 0,88%, aos 6.276,69 pontos. Em Milão, o FTSE MIB avançou 0,21%, aos 34.759,69 pontos.

*Com informações de Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires

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