Ibovespa sobe 0,72% e recupera 126 mil pontos com alta do PIB; dólar cai 0,21% e fecha a R$ 6,05
Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta terça-feira (3) e o que movimentou os ativos
Números que mostraram a robustez da atividade econômica no Brasil no terceiro trimestre ajudaram a dar fôlego para o Ibovespa permanecer no campo positivo ao longo de toda a sessão e encerrar com alta de 0,72%, aos 126.139 pontos, oscilando entre os 125.233 pontos e os 126.417 pontos.
O volume financeiro do índice foi de R$ 16,2 bilhões e de R$ 21,8 bilhões na B3, ou seja, mais baixo do que o registrado nos últimos quatro pregões.
Ibovespa hoje
Em uma sessão em que os agentes financeiros permaneceram mais “leves” em termos de posição em bolsa local, falas de membros do governo foram novamente bem-vistas.
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou hoje que “já dá para dizer com alguma segurança” que o cumprimento da meta de déficit primário dentro da banda está garantido.
Investidores também receberam bem a informação de que a Câmara incluiu na pauta a previsão de votar requerimentos de urgência para projetos do pacote fiscal.
Investidores também monitoraram de perto o evento anual da Vale.
Analistas, porém, não reagiram bem à informação de que a companhia preferiu não antecipar o volume de dividendos porque disse que isso iria depender do mercado de minério de ferro.
As ações fecharam o dia em queda de 0,76%, a R$ 58,47.
Dólar hoje
O dólar à vista exibiu leve depreciação contra o real na sessão desta terça-feira.
O dia foi marcado pela desvalorização global do dólar, mas no Brasil a moeda americana passou boa parte do dia em alta, com o temor fiscal ainda levando o investidor a exigir prêmio de risco pela moeda brasileira.
À tarde, porém, notícias sobre a Câmara dos Deputados incluir na pauta a urgência de dois projetos do ajuste fiscal ajudou o real a se recuperar um pouco, conseguindo acompanhar a dinâmica global, ainda que de forma contida.
Terminada as negociações, o dólar à vista registrou queda de 0,21%, cotado a R$ 6,0558, depois de ter tocado a mínima de R$ 6,0320 e encostado na máxima de R$ 6,0955.
Já o euro comercial exibiu desvalorização de 0,07%, a R$ 6,3613.
No exterior, perto das 17h10, o índice DXY recuava 0,12%, aos 106,319 pontos.
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam sem direção definida nesta terça-feira, com Nasdaq e S&P 500 registrando novos recordes de alta e Dow sofrendo nova queda.
A alta da Nasdaq e da S&P foram impulsionadas pelas ações da Meta, que subiram 3,5% e atingiram um nível recorde de alta.
Desde que o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, jantou com o presidente eleito Donald Trump. As ações da dona do Facebook já subiram 8%.
As ações da Apple também subiram 1,28% e atingiram a maior alta em um ano, ficando centavos atrás de seu recorde histórico.
A alta acontece mesmo depois da divulgação de um relatório na semana passada informando que as vendas de iPhones estão aquém do esperado.
“O S&P 500 começou o último mês de 2024 atingindo um novo recorde, deixando o índice com alta de 26,8% até agora neste ano. Com a última pesquisa do consumidor do Conference Board mostrando confiança de que os preços das ações atingirão o maior nível em 37 anos, os investidores podem temer que os mercados estejam ficando voláteis”, disse Solita Marcelli, chefe de investimentos para as Américas do UBS.
Segundo ela, contudo, o desempenho do mercado até agora neste ano está sustentado por fundamentos sólidos.
Do outro lado, Intel registra queda de mais de 6% depois que seu CEO Pat Gelsinger decidiu se aposentar, surpreendendo o mercado.
Se em um primeiro momento, as ações subiram já que desde que Gelsinger assumiu a empresa em fevereiro de 2021, as ações recuaram 61%, agora a expectativa do anúncio de um novo CEO deve deixar a ação mais volátil.
O mercado acionário tem se focado nos fundamentos das empresas, com dados macro, como o relatório Jolts divulgado hoje, que mostrou abertura de vagas acima do esperado em 7,7 milhões, não impactando os negócios.
No fechamento, o índice Dow Jones caiu 0,17% a 44.705,53, o S&P 500 avançou 0,05% a 6.049,88 e o Nasdaq subiu 0,40% a 19.480,91.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus encerraram esta terça-feira em alta, em meio a sinais de estabilidade no mercado de trabalho dos Estados Unidos, enquanto as incertezas políticas na França seguem no radar dos investidores.
O índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,44%, a 515,89 pontos.
O DAX, de Frankfurt, avançou 0,42%, a 20.016,75 pontos.
O FTSE, da bolsa de Londres, teve alta de 0,56%, para 8.359,41 pontos.
Já o CAC 40, de Paris, subiu 0,26%, para 7.255,42 pontos.
As vagas de emprego nos Estados Unidos aumentaram em outubro, mostrou o relatório Jolts, sugerindo que a demanda por trabalhadores está se estabilizando após quedas acentuadas nos últimos meses.
Além disso, os investidores aguardam declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nesta tarde. Os mercados estão precificando um corte de juros neste mês.
Por fim, nos próximos dias, o primeiro-ministro francês Michel Barnier e seu governo podem ser derrubados por um voto de desconfiança.
“A formação de um novo governo com apoio mais forte no parlamento provavelmente será muito difícil”, diz o Commerzbank, em relatório.
“Tudo isso sugere que a consolidação do orçamento francês será muito lenta”, afirma o banco.
A expectativa é que a deposição do governo francês resulte em uma queda do euro ante o dólar e no aumento do spread de rendimento dos títulos do governo francês e alemão.
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