Mercado

Ibovespa sobe 0,98% e vai ao maior patamar desde janeiro; dólar cai pela 6ª sessão seguida

O bom momento do índice ocorre em meio ao alívio no sentimento de risco global, após dados mais fracos de inflação nos Estados Unidos, além da expectativa em torno de um cessar-fogo em Gaza

O Ibovespa encerrou em alta firme de 0,98%, aos 132.397,97 pontos nesta terça-feira (13/08), maior patamar de fechamento desde oito de janeiro. Já o dólar caiu 0,86%, cotado a R$ 5,44.

O bom momento do índice ocorre em meio ao alívio no sentimento de risco global, após dados mais fracos de inflação nos Estados Unidos, além da expectativa em torno de um cessar-fogo em Gaza, que pode diminuir as tensões no Oriente Médio, ao menos por ora, e postergar um ataque do Irã a Israel.

Ibovespa

Na mínima intradiária, tocou os 131.115 pontos e, na máxima, os 132.430 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 17,75 bilhões no Ibovespa e R$ 23,80 bilhões na B3.

Os balanços positivos das companhias deram suporte ao Ibovespa. Liderando as altas estão CSN Mineração e CNS, cujos papéis ordinários subiram 6,29% e 4,37%, respectivamente, após resultados no segundo trimestre superarem expectativas com bons volumes de minério de ferro e recuperação no aço, afirma o Bank of America (BofA).

Dólar

O dólar à vista encerrou a sessão em queda, no sexto pregão seguido de desvalorização contra o real. A retração da moeda americana no Brasil acompanhou os mercados externos, em dia de dados mais fracos de inflação ao produtor nos Estados Unidos e diante de um alívio nas tensões em relação a um conflito no Oriente Médio, com possível protelação do ataque do Irã a Israel.

Terminadas as negociações no mercado à vista, o dólar exibiu desvalorização de 0,84%, cotado a R$ 5,4494, perto da mínima do dia de R$ 5,4479, e distante da máxima de R$ 5,5020.

O real apresentou um dos cinco melhores desempenhos frente ao dólar nesta sessão, do ranking das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor. Nas últimas cinco sessões, o dólar teve depreciação de quase 5,10%.

Na sessão de hoje, o euro comercial fechou abaixo de R$ 6 pela primeira vez desde 17 de julho, a R$ 5,9920, em um recuo de 0,25%.

Perto das 17h15, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, recuava 0,51%, aos 102,608 pontos.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York encerraram o pregão desta terça-feira em forte alta, impulsionadas pela leitura mais fraca que o esperado do índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos, o que aliviou a tensão dos investidores na véspera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI).

Houve ainda uma diminuição dos temores quanto a um possível ataque do Irã contra Israel, o que abriu ainda mais o caminho para a valorização das ações e de outros ativos de risco ao redor do mundo.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,04%, a 39.765,64 pontos; o S&P 500 subiu 1,68%, a 5.434,43 pontos; e o Nasdaq avançou 2,43%, a 17.187,61 pontos.

Entre ações, o destaque do dia foi o Starbucks, que saltou 24,5% após a empresa nomear Brian Niccol, atual diretor-presidente da rede de fast food Chipotle, como seu futuro CEO.

O que puxou os ganhos expressivos dos índices, no entanto, foi o setor de tecnologia, que teve alta conjunta de 3,00% no S&P 500. Com avanço de 6,5%, a Nvidia liderou o setor, seguida de perto por Intel (+5,73%), Tesla (+5,24%) e Broadcom (+5,07%).

Bolsas da Europa

Os principais índices acionários europeus encerraram o pregão desta terça-feira (13) em alta, enquanto os investidores avaliaram dados econômicos tanto da região quanto dos Estados Unidos divulgados ao longo do dia.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,52%, a 501,66 pontos. Na Bolsa de Paris, o CAC 40 avançou 0,35%, para 7.275,87 pontos. O DAX, de Frankfurt, por sua vez, ganhou 0,48%, a 17.812,05 pontos. Já o FTSE, da Bolsa de Londres, teve alta de 0,30%, para 8.235,23 pontos.

Na agenda de indicadores, um dos destaques foi a taxa de desemprego do Reino Unido, que surpreendeu e caiu para 4,2% em junho ante 4,4% em maio, abaixo das expectativas de 4,5%. Já o crescimento dos salários — excluindo bônus — caiu de 5,8% em junho para 5,4%, o menor ritmo de crescimento desde julho de 2022. Nesse sentido, a Bolsa de Londres teve um desempenho mais fraco que outros mercados acionários.

Apesar da alta das bolsas europeias no fechamento, os ganhos foram modestos, já que o índice de sentimento econômico ZEW da Alemanha mostrou que as expectativas para os próximos seis meses recuaram de 41,8 em julho para 19,2 pontos em agosto. Foi a maior queda registrada em dois anos, o que aponta para mais incertezas sobre a recuperação econômica do país.

Já nos EUA, as atenções ficaram com os dados de inflação do índice de preços ao produtor (PPI), que subiu 0,1% na passagem de junho para julho, ficando abaixo do esperado por analistas ouvidos pelo “Wall Street Journal”, que projetavam um aumento de 0,2% do indicador.

Excluindo itens considerados mais voláteis, como os preços de energia e de alimentos, o núcleo do PPI ficou inalterado em julho na comparação com o mês anterior, resultado que também ficou abaixo da alta de 0,2% projetada pelo mercado.

*Com informações do Valor Econômico

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