Mercado

Ibovespa sobe quase 4% na semana e volta aos 130 mil pontos; dólar tem queda semanal de 3,41% e fecha em R$ 5,51

Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta sexta-feira (9) e o que movimentou os ativos

O Ibovespa encerrou o pregão em alta firme nesta sexta-feira, superando os 130 mil pontos, sustentado por ações do setor bancário e ligadas à economia doméstica, em meio à queda dos juros de longo prazo.

Os bons resultados trimestrais de empresas listadas também foram um fator importante para os ganhos do índice.

Ibovespa hoje

No fim do dia, o Ibovespa subiu 1,52%, aos 130.615 pontos. Na mínima intradiária, tocou os 128.662 pontos e, na máxima, os 130.631 pontos. O índice acumulou alta de 3,78% na semana.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 20,40 bilhões no Ibovespa e R$ 26,53 bilhões na B3.

A Vivara ON avançou 7,38% na sessão, após reportar lucro de R$ 210,9 milhões no segundo trimestre, uma alta 91,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Outro destaque foi o balanço das Lojas Renner, que apresentou o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) total de R$ 654 milhões, alta anual de 38,5%. A ação da companhia subiu 6,55%.

Os papéis de bancos como Itaú PN e Bradesco PN também tiveram ganhos expressivos de 2,70% e 2,46%, respectivamente.

Dólar hoje

O dólar comercial encerrou a sessão de hoje em forte queda, com o real se destacando entre moedas de economias emergentes da América Latina. A moeda brasileira foi beneficiada pelo discurso conservador do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galipolo, em palestra no fim da tarde de ontem.

O tom duro dos comentários foi corroborado pelo avanço de 0,38% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho. Assim, o mercado passou a precificar uma trajetória de Selic mais elevada no curto prazo, o que deu força ao real.

No fim da sessão, o dólar à vista exibia queda de 1,07%, a R$ 5,5146, após tocar a máxima intradiária de R$ 5,5542 e a mínima de R$ 5,4916. Na semana, a moeda americana acumulou queda de 3,41%.

A sessão ainda marcou o menor valor de fechamento da moeda americana desde 17 de julho. O euro comercial, por sua vez, recuou 1,06%, a R$ 6,0208.

Contra outras moedas latino-americanas, o dólar exibiu comportamento mais tímido. Por volta de 17h, a divisa americana tinha queda de 0,20% ante o peso mexicano, recuava 0,31% contra o peso chileno e tinha baixa de 0,23% no confronto com o peso colombiano.

Bolsas de Nova York

Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta sexta-feira em leve alta e, assim, quase apagaram totalmente o tombo sofrido no início da semana, quando predominou a instabilidade nos ativos de risco diante de temores quanto a uma recessão iminente nos Estados Unidos.

Sem indicadores relevantes divulgados na sessão, os agentes continuaram a repercutir dados mais fortes do setor de serviços americano e de seguro-desemprego, que, ao longo da semana, deram sustentação à recuperação das bolsas americanas.

Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,13%, aos 39.497,54 pontos, após cair 0,60% na semana; e o S&P 500 subiu 0,47%, aos 5.344,16 pontos, após ter recuado 0,04% na semana. Já o índice eletrônico Nasdaq anotou alta de 0,51% na sessão, aos 16.745,30 pontos, enquanto registrou perda de 0,18% no acumulado da semana.

“Os dados mais recentes de pedidos de seguro-desemprego, embora normalmente não sejam um grande evento para o mercado, deram apoio à visão de que o pessimismo recente pode ter sido exagerado. Ao contrário dos indicadores baseados em pesquisa, a série de pedidos de seguro-desemprego reflete ações reais de pessoas para reivindicar benefícios sociais”, notam os estrategistas da UBS Wealth Management em relatório enviado a clientes.

Eles notam que os fundamentos das empresas continuam sólidos, apesar de alguns resultados corporativos terem decepcionado os investidores, especialmente no setor de tecnologia. “Em nossa opinião, o mercado havia estabelecido um padrão excessivamente alto”, avaliam os profissionais.

Eles notam, ainda, que a recente queda nos preços das ações em Nova York fez com que os “valuations” de algumas companhias do setor de tecnologia ficassem menos “exigentes”. Nesta sexta-feira, as ações da Apple ganharam 1,37% e as da Microsoft subiram 0,83%.

Bolsas da Europa

Os mercados acionários europeus deram prosseguimento ao movimento de valorização observado nas últimas sessões, após o susto com o aumento da volatilidade nos negócios no fim da semana passada e na segunda-feira (5).

Diante de um arrefecimento dos temores em torno de uma recessão nos Estados Unidos, os participantes do mercado passaram a enxergar espaço para a alta dos ativos de risco, o que impulsionou as bolsas europeias nesta sexta-feira (9).

O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o pregão em alta de 0,57%, aos 499,19 pontos, em Londres, o índice FTSE 100 avançou 0,33%, aos 8.171,47 pontos, o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, subiu 0,12%, aos 17.702,03 pontos, e, na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 anotou ganho de 0,29%, aos 7.268,42 pontos.

O desempenho positivo sustentado pelas bolsas europeias vem na esteira da recuperação observada em Wall Street nos últimos dias. Os números abaixo do esperado dos pedidos de seguro-desemprego nos EUA, divulgados ontem, deram apoio à visão de que o mercado de trabalho segue resiliente, o que ajudou a afastar temores de uma desaceleração acentuada da economia americana. Nesse sentido, os ativos de risco voltaram a se favorecer nesta sexta-feira.

Para Francesco Pesole, economista do ING, a forte reação aos números dos pedidos de seguro-desemprego foi uma prova da sensibilidade extremamente elevada dos mercados a todos os tipos de indicadores sobre as perspectivas macro dos EUA neste momento.

Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3. Se já é investidor e quer analisar todos os seus investimentos, gratuitamente, em um só lugar, acesse a Área do Investidor.