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Ibovespa vira no final e fecha em alta, na contramão de Nova York; dólar também sobe

Setor de energia trouxe instabilidade à bolsa de valores hoje, mas Ibovespa reverteu desconfiança e fechou em alta, assim como o dólar

A bolsa de valores hoje oscilou durante o pregão todo, mas o resultado final foi uma leve alta, assim como o do dólar. Algumas das principais ações do Ibovespa sofreram com preços de minério e petróleo em queda, o que ajudou a deixar o Ibovespa no vermelho. Mas, no final, o temor foi dissipado e o principal índice da bolsa voltou ao campo positivo.

Assim, o Ibovespa fechou em alta de 0,17%, a 125.517,27 pontosdando sequência aos ganhos da semana anterior.

Dólar hoje

Anteriormente, a moeda norte-americana fechou em alta em relação ao real. O dólar avançou 0,03%, cotado a R$ 4,8997.

Da mesma maneira, no cenário internacional, o dólar apresentou alta. O DXY, que mede o desempenho da divisa dos EUA ante outras importantes, subiu 0,12%, a 103,56.

Ações em alta

A CSN Mineração esteve entre as melhores ações da bolsa de valores hoje, mesmo com a queda do minério de ferro no mercado internacional. Destaque também para as empresas de educação Yduqs, que liderou os ganhos, e a Cogna. Veja a lista das ações que mais subiram no dia.

  • Yduqs (YDUQ3) +10,73%
  • Infracommerce (IFCM3) +8,18%
  • Cogna (COGN3) +7,19%
  • CSN Mineração (CMIN3) +6,28%
  • Oncloclínicas (ONCO3) +5,53%

Ações em baixa

Por outro lado, entre as maiores quedas, destaque para as empresas relacionadas à produção de combustível Raízen e 3R. A Americanas liderou as perdas. Veja a lista das cinco empresas que mais caíram na sessão.

  • Americanas (AMER3) -5,45%
  • Espaçolaser (ESPA3) -5,30%
  • Raízen (RAIZ4) -5,08%
  • 3R (RRRP3) -4,27%
  • Azevedo e Travassos (AZEV4) -4,26%

Os rankings contemplam ações que movimentaram mais de R$ 1 milhão no dia, pertencentes ou não ao Ibovespa e outros índices. As cotações foram apuradas às 18h07, depois do fechamento, mas podem ter atualizações.

Bolsas mundiais

As bolsas de Nova York fecharam em queda após quatro semanas consecutivas de ganhos. O Nasdaq entrou em território negativo nos minutos finais do pregão, após ter oscilado entre alta e baixa ao longo do dia, em um pregão de destaque para as varejistas, diante da Cyber Monday – segunda-feira após Ação de Graças que reúne descontos em setores da tecnologia.

O índice Dow Jones  encerrou o pregão em queda de 0,16%, a 35.333,47 pontos; o S&P 500 caiu 0,20%, a 4.550,43 pontos; e o Nasdaq perdeu 0,07%, a 14.241,02 pontos.

As bolsas da Europa operaram na maioria em baixa em uma sessão que teve como destaque participação pública da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. A dirigente reforçou a necessidade de agir para levar a inflação de volta à meta de 2%, e indicou que a situação seria pior caso o BCE não houvesse reagido às altas de preços.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,28%, a 458,71 pontos.

Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,37%, a 7.460,70 pontos. Da mesma maneira, em Paris, o CAC 40 teve queda de 0,37%, a 7.265,49 pontos, na mínima do dia. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,39%, a 15.966,37 pontos. O FTSE MIB, de Milão, teve queda de 0,31%, a 29.342,29 pontos. Em Madri, o Ibex35 recuou 0,03%, a 9.936,10 pontos. Por outro lado, o PSI 20 teve alta de 0,50%, a 6.366,50 pontos.

O que deve movimentar o Ibovespa esta semana

Em resumo, a semana será marcada pela divulgação do IPCA-15, prévia da inflação brasileira. Também está na agenda o PCE, um dos índices de inflação dos EUA, utilizado pelo Fed para manejo dos juros.

Além disso, no Brasil, o Congresso deve votar projetos que aumentam a arrecadação do governo, em meio ao consenso de que o ministro da Fazenda não vai conseguir zerar o déficit em 2024.

Empresas na bolsa de valores hoje

Impactadas pelo preço do petróleo e do minério de ferro, em queda no mercado internacional, a Petrobras (PETR3; PETR4) e a Vale (VALE3) tiveram perdas no pregão.

No mesmo sentido, a Americanas (AMER3) ficou entre as piores, apesar de ter começado o dia em alta por conta do anúncio de aporte de R$ 24 bilhões na empresa, a metade vinda do trio Lemann, Telles e Sicupira.

Outro destaque fica por conta de Eneva (ENEV3). A empresa informou na noite de domingo ter enviado uma proposta não-vinculante de fusão com a Vibra (VBBR3).

O mercado não tem digerido bem as notícias relacionadas às negociações e as ações das duas empresas desceram no pregão.

A oferta, conforme o comunicado ao mercado, contempla a incorporação de ações da Eneva pela Vibra ou outra estrutura a ser estabelecida de comum acordo pelas empresas.