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Inflação ao consumidor nos EUA vem abaixo do esperado em outubro

A desaceleração aumenta o argumento para um ritmo mais gradual de avanço de juros nas próximas reuniões do Federal Reserve – o banco central americano

A inflação ao consumidor nos Estados Unidos – importante indicador de preços – registrou em outubro o menor aumento no ano. O resultado oferece mais uma esperança ao Federal Reserve (Fed) – o banco central americano – que a economia está esfriando a inflação sem provocar uma recessão. Os dados foram publicados nesta quinta-feira, 01°/12, pelo Departamento de Comércio americano (BEA).

O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), cresceu 0,3% outubro, mesmo ritmo do mês anterior, mas no acumulado de 12 meses o avanço foi de 6%, contra 6,3% de setembro.

O núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, subiu 0,2% em outubro em relação a setembro. A alta é menor que os 0,5% na leitura anterior, enquanto no acumulado de 12 meses, o núcleo exibiu ganho de 5%, contra 5,2% da leitura de setembro. O presidente do Fed enfatizou esta semana que esse índice é uma medida precisa de onde a inflação está indo.

Ontem, Jerome Powell, afirmou que o banco central americano pode começar a reduzir o ritmo das altas de juros já a partir de dezembro. Segundo ele, a inflação registrou uma queda, mas ainda está bastante volátil. Para o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, os recentes números da economia americana e da Europa parecem indicar um cenário mais tranquilo daqui em diante.

“A informação de que eles [Fed] devem abrandar o ritmo, mais os dados da inflação do consumidor que veio mais baixa do que o esperado, a notícia de um mercado de trabalho mais fraco, mais as informações de inflação cedendo da Europa – Alemanha, Espanha – colocam um cenário bem mais brando de choque de juros”, disse Gala no Morning Call de hoje.

Para o economista-chefe do Banco Master, o mercado inclusive já tem precificada uma taxa de juros. “O mercado, na curva de juros americana, já precifica um juro abaixo de 5%. Eventualmente o Fed poderia terminar esse ciclo abaixo de 5% já para março do ano que vem”.

Consumo Pessoal

Os gastos com consumo pessoal avançaram 0,8% em outubro, uma aceleração em relação ao 0,6% de setembro. Apesar da alta, o valor veio em linha com o esperado pelos economistas.

A renda pessoal subiu 0,7% – também acima do projetado pelos analistas de uma alta de 0,4%. Em setembro a renda pessoal havia crescido 0,3%.