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IPCA-15 de maio já deve refletir impacto das chuvas no RS

A região metropolitana de Porto Alegre representa quase 9% do índice de inflação

A maior parte do período de coleta de preços do IPCA-15 de maio será com efeito das chuvas no Rio Grande do Sul. O IBGE informou que a coleta da prévia da inflação do mês vai de 16 de abril a 15 de maio. As fortes chuvas que atingiram a região começaram em 27 de abril.

A Defesa Civil do RS confirma 116 mortes, 143 desaparecidos e 437 municípios afetados, de acordo com boletim divulgado às 12h desta sexta-feira (10).

Por enquanto, o IBGE diz que é preciso aguardar os próximos dias para estimar o impacto da tragédia no Rio Grande Sul na geração de resultados e divulgação de indicadores relativos ao Estado e à participação nos indicadores nacionais.

O instituto informou que vai se pronunciar quando tiver segurança técnica sobre as possíveis medidas a serem adotadas, de acordo com a pesquisa.

O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, calculado com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, abrangendo nove regiões metropolitanas, além de Brasília e do município de Goiânia.

A diferença em relação ao IPCA está no período de coleta – que no caso do IPCA se dá no mês calendário – e na abrangência geográfica.

Peso do Rio Grande do Sul na inflação

A região metropolitana de Porto Alegre é parte dos locais pesquisados, tanto no IPCA quanto no IPCA-15, e representa quase 9% dos índices.

Outras pesquisas conjunturais do IBGE – como a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) – têm metodologias que já preveem revisões dos dados, com inclusão de novas informações posteriormente, mas este não é o caso do IPCA.

Na época da pandemia de covid, o IBGE suspendeu totalmente a coleta presencial de preços entre 18 de março de 2020 e o início de julho de 2021, quando a prática começou a ser retomada gradualmente. Nesse período, os preços foram coletados por internet, telefone e e-mail.

Agora, nas chuvas do Rio Grande do Sul, há outros desafios. Pelo último informe do IBGE, das 36 agências do instituto existentes no Estado, há “danos significativos” em 20 delas, como a agência de Lajeado, que está incomunicável por causa da queda de uma ponte.

*Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico.

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