Mercado acompanha agenda corporativa e movimento dos títulos do Tesouro dos EUA
Agenda corporativa movimenta o dia, com venda de ações da Telefônica Brasil e recompra de ações da Sabesp
Nesta quarta-feira (21) o mercado monitora o noticiário corporativo, que traz balanços de empresas para o primeiro trimestre do ano, bem como o desenlace da venda de ações da Telefônica Brasil (VIVT3) e início da recompra de ações da Sabesp (SBSP3).
No exterior, o mercado segue de olho nos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Os agentes financeiros buscam nas falas das autoridades monetárias americanas pistas para calibrar expectativas com relação aos rumos da economia dos EUA e melhorar distribuição de seus portfólios.
Ainda nos EUA, o leilão dos títulos do Tesouro americano de 20 anos concentra atenção dos investidores, no momento em que a pressão sobre o mercado de Treasuries tem se mostrado relevante.
No Brasil, os dados do fluxo cambial devem ser acompanhados. Nos últimos dias, a maior entrada de estrangeiro na B3 desde 2023 explica recorde do Ibovespa B3.
Destaques da agenda corporativa
A Telefônica Brasil concluiu o acordo para a venda de 35.633.792 ações ordinárias resultantes da consolidação de frações remanescentes do recente grupamento de ações da companhia.
O programa de recompra de ações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) terá início nesta quarta-feira, após a companhia fechar acordo com uma instituição intermediária.
A XP (XPBR31) divulgou seus resultados para o primeiro trimestre do ano, após o fechamento de mercado de terça. Nesta quarta, o mercado deve repercutir os números, que devem ser refletidos nas negociações em bolsa. A corretora reportou no primeiro trimestre de 2025 um lucro líquido ajustado recorde, de R$ 1,2 bilhão, um crescimento de 20% em relação ao mesmo intervalo do ano passado e de 2% na comparação com os últimos três meses de 2024. Apesar da recuperação da bolsa de janeiro a março, um dos destaques foi o aumento das receitas de renda fixa no varejo, pela primeira vez acima da arrecadação com ações.
Como fecharam as bolsas de valores
O principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa B3, fechou a terça-feira em nova marca histórica, aos 140.110 pontos, alta de 0,34% no dia, depois de oscilar entre os 138.966 pontos e 140.244 pontos, também renovando a máxima histórica intradiária.
Ações do Banco do Brasil subiram 1,84%, seguidas pelas ON do Bradesco (+1,71%). Da mesma forma, papéis da Vale avançaram 0,02%, enquanto as PN da Petrobras tiveram alta de 0,41%.
Houve também retomada de ações de frigoríficos. Os papéis da gigante de proteína dos irmãos Batista operam com volatilidade, à medida em que a companhia deve pautar a dupla listagem em Nova York e no Brasil.
O dólar à vista exibiu valorização de 0,26%, cotado a R$ 5,6692, depois de ter batido a mínima de R$ 5,6424 e encostado na máxima de R$ 5,6831.
Já o euro comercial apreciou 0,60%, a R$ 6,3940. No exterior, perto das 17h15, o índice DXY caía 0,38%, aos 100,042 pontos.
Bolsas de Nova York
As principais bolsas de Nova York fecharam em queda, seguindo o movimento de desvalorização dos preços dos Treasuries e avanço nos rendimentos de longo prazo.
O índice Dow Jones caiu 0,27%, aos 42.677,18 pontos; o S&P 500 teve queda de 0,39%, aos 5.940,45 pontos; enquanto o Nasdaq cedeu 0,38%, aos 19.142,71 pontos.
O setor de tecnologia registrou as perdas mais relevantes do dia, enquanto as ações do setor de saúde tiveram um dos melhores desempenhos (+0,27%).
Bolsas da Ásia
As bolsas da Ásia fecharam em alta, em sua maioria, com avanço no setor de mineração na China após os preços do ouro atingirem seus níveis mais altos em uma semana, e com ganhos no setor de baterias depois da estreia da fabricante chinesa Contemporary Amperex Technology Limited (CATL) em Hong Kong.
O índice Nikkei 225 do Japão fechou em queda de 0,61% a 37.298,98 pontos e o índice Kospi da Coreia do Sul subiu 0,91% a 2.625,58 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,62% a 23.827,78 pontos e, na China continental, o índice Xangai Composto teve alta de 0,21% a 3.387,57 pontos.
As ações da fabricante de baterias para veículos elétricos CATL subiram 10,2% em Hong Kong, após subirem 16% em sua estreia na terça-feira. Analistas apontam que o mercado de IPOs de Hong Kong teve uma forte recuperação em 2025, e as perspectivas para o mercado de ações são positivas em meio ao alívio das tensões tarifárias e o otimismo com relação à inteligência artificial.
No Japão, as ações caíram após o país relatar que as exportações desaceleraram pelo segundo mês consecutivo, à medida que os impactos das tarifas dos Estados Unidos começam a aparecer. Por fim, o banco central da Indonésia retomou seu ciclo de cortes de juros, já que a inflação em queda, o crescimento mais lento e uma rupia mais estável oferecem espaço para afrouxar as políticas.
Com informações do Valor Econômico.
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