Mercado e Morning Calll Safra: alívio externo pode equilibrar perspectivas internas
Ibovespa encerrou a quinta em queda de 0,49%, aos 109.702 pontos, depois da mínima intradiária bater os 107.245 pontos
Nesta sexta, 18/11, os investidores acompanham a participação do presidente Roberto Campos Neto, do BC, em evento da Bloomberg, em São Paulo, ao mesmo tempo em que monitoram o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prossegue na Conferência do Clima, a COP27, prossegue em Sharm El-Sheihk, no Egito. De lá, ele embarca depois para Portugal.
Nos EUA, destaque às vendas de moradias usadas de outubro e ao discurso que a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, fará em evento.
O alívio externo pode permitir um início tranquilo aos principais ativos brasileiros depois da tensão da véspera, com as perspectivas fiscais. Em meio ao clima adverso, três dos mais proeminentes economistas do Brasil – Armínio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan – escreveram uma carta ao presidente eleito mostrando desacordo com a fala dele de ontem de que alta de juros e queda da bolsa são determinados pela atuação de especuladores.
O Ibovespa encerrou a quinta em queda de 0,49%, aos 109.702 pontos, depois da mínima intradiária bater os 107.245 pontos. No câmbio, a moeda americana diminuiu o ritmo de alta ao longo da tarde e encerrou com um leve avanço de 0,37%, a R$ 5,40.
O movimento refletiu a expectativa de alguma moderação nos números apresentados na quarta-feira na PEC da Transição de que os gastos de R$ 200 bilhões extra teto podem cair para R$ 160 bilhões, como traz o Morning Call Safra desta manhã:
Mercado externo
As bolsas do ocidente tentam recuperação após as perdas da véspera, mas o movimento é moderado. Já o DXY do dólar cede, enquanto os treasuries voltam a subir.
Os investidores mantêm certa cautela, após falas duras de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e de olho na desaceleração chinesa.
Na Europa, hoje a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou que será preciso subir mais os juros para garantir que o atual ambiente de preços altos na zona do euro não alimente as expectativas dos consumidores e crie um cenário de inflação persistente no futuro.
*Com informações da Agência Estado