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Mercado financeiro hoje: aprovação da reforma tributária deve ser bem recebida

Ainda hoje, vários balanços corporativos são esperados, com destaque para Petrobras, Bradesco e B3

Fonte: Pixabay
Câmbio

*Agência Estado

Nesta quinta-feira, 9/11, os mercados devem repercutir a aprovação da reforma tributária no Senado e focar no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que fará palestra e terá reunião com investidores em Nova York nesta manhã. Também os diretores do BC Diogo Abry Guillen (Política Econômica), Gabriel Galípolo (Política Monetária), e Otavio Ribeiro Damaso (Regulação) têm compromissos públicos ao longo do dia.

Vários balanços corporativos são esperados, com destaque para Petrobras, Bradesco e B3. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa da posse do novo presidente da Caixa, Carlos Vieira, e estará em evento do Itaú Unibanco.

Lá fora, estão previstos os pedidos semanais de auxílio-desemprego e comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, além de outros dirigentes da instituição, do Banco Central Europeu (BCE), incluindo a presidente, Christine Lagarde, e do Banco da Inglaterra (BoE).

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China e futuros

Uma nova rodada de números fracos de inflação pesou nos negócios da China e de Hong Kong nesta quinta-feira. Os preços ao consumidor da China tiveram queda anual de 0,2% em outubro, enquanto os preços ao produtor recuaram 2,6% na mesma comparação, sinalizando que a demanda segue fraca à medida que a segunda maior economia do mundo ainda luta para se recuperar dos efeitos da pandemia de covid-19.

Os índices futuros das bolsas de Nova York e os mercados europeus ensaiam recuperação de perdas de mais cedo, enquanto o dólar está oscilando perto da estabilidade frente outras moedas rivais à espera também de comentários de dirigentes do Fed, BCE e BOE.

Aprovação da reforma e repercussão

Os investidores podem se animar com a aprovação em segundo turno da Reforma Tributária, por 54 votos a 23, mesmo placar da votação em primeiro turno, mas a fraqueza da inflação chinesa deve pesar na abertura dos mercados. Também pesam os comentários de Campos Neto e outros dirigentes de BCs aqui e no exterior devem ajudar a nortear os negócios ao longo do dia.

Com apenas cinco votos além dos 49 necessários, a aprovação da reforma tributária veio após o relator, Eduardo Braga (MDB-AM), fazer uma série de concessões que ampliaram as exceções previstas no texto, como a criação de um Fundo de Sustentabilidade e Diversificação Econômica dos Estados da Amazônia Ocidental e do Amapá para contemplar senadores de Estados do Norte. Braga disse, após a aprovação da proposta, que o texto “não é uma obra de arte perfeita, mas representa o consenso possível”.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a mudança constitucional no sistema tributário brasileiro se impôs porque o Brasil “não podia mais conviver com o atraso”. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a dizer nesta quarta-feira, 08, que acredita na promulgação da reforma tributária ainda neste ano. O economista-sênior da LCA e pesquisador-associado do FGV-Ibre, Bráulio Borges, avalia que, mesmo distante do ideal, os efeitos macroeconômicos da reforma tributária são altamente favoráveis.

Agora, a reforma será encaminhada à Câmara, para que haja uma nova análise sobre as modificações feitas pelos senadores. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), indicou um possível fatiamento da reforma.

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