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Mercado financeiro hoje: ata do Copom, Campos Neto, Haddad e dirigentes do FED

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam de evento do BTG Pactual

Bolsa de valores
Bolsa de valores

As novas perspectivas do cenário externo fortalecem argumentos da ata do Copom, que será divulgada às 8h, confirmando o ritmo mais cauteloso do ciclo de quedas da Selic.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam de evento do BTG Pactual. O chefe da equipe econômica se encontra ainda com senadores e deputados para debater a pauta legislativa de 2024. Entre os indicadores locais divulgados hoje, destaque para o IGP-DI de janeiro.

No exterior, quatro dirigentes do Federal Reserve (FED, banco central americano) têm falas previstas para hoje, três deles com o mercado aberto, e devem reforçar a mensagem de Jay Powell que esvaziou as apostas de corte do juro em março e colocou maio em dúvida.

EUA e Europa

Em entrevista no fim de semana, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou a mensagem de que um corte de juros em março é improvável e os sinais de um ritmo de relaxamento mais cauteloso do que o mercado espera.

Na Europa, os mercados acionários sobem na maioria, reagindo a indicadores de atividade e balanços, mas a Bolsa de Frankfurt passou a exibir viés de baixa, apesar das encomendas à indústria alemã ter dado um salto mensal de 8,9% em dezembro, acima da queda de 0,3% esperada por analistas. As vendas no varejo da zona do euro caíram 1,1% em dezembro ante novembro de 2023, um pouco abaixo da expectativa de recuo de 1%, levando o euro a cair ante o dólar.

Entre os resultados corporativos, a petrolífera britânica BP reportou lucro menor do que o ganho de US$ 4,8 bilhões apurado no mesmo intervalo do ano anterior, porém, superior ao consenso de analistas levantado pela própria empresa, de US$ 2,77 bilhões. E o UBS teve prejuízo líquido de US$ 279 milhões no quarto trimestre de 2023, que contrasta com o lucro de US$ 1,65 bilhão apurado em igual período de 2022, e a receita subiu 35% na mesma comparação, a US$ 10,86 bilhões.

Bolsas da Ásia fecham mistas

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, com as chinesas se recuperando de forma vigorosa após sinais de apoio oficial e outras caindo na esteira das perdas em Wall Street ontem.

Na China continental, os mercados exibiram ganhos, depois de caírem por seis pregões seguidos em meio a preocupações sobre a saúde financeira da segunda maior economia do mundo. Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto avançou 3,23% hoje, a 2.789,49 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto saltou 5,14%, a 1.506,79 pontos, no seu melhor dia desde fevereiro de 2019.

Em comunicado, o regulador de mercado chinês encorajou empresas a conduzir recompras de ações, declarar dividendos e a tomar outras iniciativas para impulsionar seu valor. Já o Central Huijin Investment, fundo soberano que controla bancos estatais da China e grandes empresas, prometeu ampliar suas compras de ações.

Itaú, BB e Cielo

Na noite de ontem, o Itaú Unibanco divulgou que registrou lucro líquido gerencial de R$ 9,401 bilhões no quarto trimestre do ano passado. O resultado é 22,6% superior ao observado em igual intervalo de 2022. Em relação ao terceiro trimestre de 2023, representa um crescimento 4%.

A variação anual é explicada pelo crescimento da carteira de crédito do banco e pelas maiores margens na gestão de passivos. O banco afirma ainda que a redefinição dos preços no capital de giro próprio levou a um aumento nas margens com clientes. Em outro ponto, as receitas com serviços aumentaram, puxadas em especial pelo segmento de cartões.

Além da repercussão do balanço no mercado, os investidores também devem analisar na abertura a ata do Copom e o boletim Focus, além do IGP-DI. A mediana das estimativas dos economistas indica recuo de 0,10% em janeiro, após alta de 0,64% em dezembro, em razão do arrefecimento aguardado tanto para os preços agropecuários para o produtor quanto para os preços industriais, segundo o Projeções Broadcast.

*Com informações da Agência Estado

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