Mercado financeiro hoje: petróleo eleva chance de aperto pelo Fed e arcabouço no Congresso fica no radar
Opep+ tomou decisão Inesperada no fim de semana e cortou a oferta de petróleo em 1 milhão de barris por dia a partir de maio até o fim de 2023
O mês de abril inicia sob expectativas no mercado financeiro pela apresentação formal e início da tramitação do arcabouço fiscal no Congresso, além das indicações pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de diretores do Banco Central e de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que irá soltar neste mês cerca de 12 medidas na área de crédito para melhorar o ambiente de negócios. Já o decreto que promoverá mudanças no Marco do Saneamento Básico será divulgado em reunião com governadores na quarta-feira. No mesmo dia, o grupo Esfera Brasil promove almoço com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Na agenda internacional, além de comentários de vários dirigentes do Banco Central Europeu, Banco da Inglaterra e do Federal Reserve, outros destaques são o relatório mensal de empregos dos Estados Unidos, o payroll, na sexta-feira; e os índices de gerentes de compras (PMIs) composto e de serviços europeus, dos Estados Unidos, da China e do Brasil, previsto para quinta-feira. Na sexta, por conta do feriado da Páscoa, os mercados ficarão fechados.
A agenda nesta segunda-feira traz os PMIs industrial dos EUA (10h45 e 11h) , a reunião da Opep+ e a participação da diretora do Fed, Lisa Cook , em evento (17h15).
Os dados de março de IPC-S (8h), PMI industrial do Brasil (10h) e da balança comercial (15h) serão publicados nesta segunda-feira, além do boletim Focus (8h25).
No exterior
A inesperada decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) no fim de semana de cortar a oferta de petróleo em 1 milhão de barris por dia a partir de maio até o fim de 2023 impulsiona os preços da commodity e de ações de grandes petrolíferas na Europa. Contudo, os PMIs industriais na zona do euro e Alemanha limitam o otimismo, pois persistem na zona de contração.
Nos Estados Unidos, as chances de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) elevar juros de novo em maio voltaram à dianteira. Segundo o monitoração do CME Group, a possibilidade de um novo aumento de 0,25 ponto porcentual no mês que vem é agora de 59,3%, ante 48,4% na sexta-feira (31).
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira. O PMI industrial chinês recuou de 51,6 em fevereiro para 50 em março, sinalizando estagnação no setor manufatureiro, mas ficou em segundo plano.
O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,52% em Tóquio. o Hang Seng teve ganho marginal de 0,04% em Hong Kong. O chinês Xangai Composto avançou 0,72%. Exceção na região, o sul-coreano Kospi caiu 0,18% em Seul, interrompendo uma sequência de quatro pregões no azul.
No Brasil
A disparada do petróleo pode ajudar as ações da Petrobras, embora os impactos dos preços da commodity na inflação global e as dúvidas sobre os planos da nova diretoria da estatal sirvam de contraponto e podem limitar reação do Ibovespa.
No radar local fica ainda o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal, que deve ter acelerado em março, em meio a percepção de analistas de que o arcabouço fiscal do governo Lula ajuda, mas não autoriza uma queda rápida da Selic, mantendo a renda fixa local bastante atraente ao investidor de fora.
A caça do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aos “jabutis” tributários para aumentar em até R$ 150 bilhões a arrecadação do governo deve envolver uma série de medidas, que começam a ser anunciadas nesta semana. Entre elas, o governo considera propor uma mudança na tributação dos fundos exclusivos.
*Com informações da Agência Estado
Para saber ainda mais sobre investimentos e educação financeira, não deixe de visitar o Hub de Educação da B3.