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Mercado financeiro hoje: sinal de fraqueza chinesa pode apoiar cautela externa

Por aqui, os ativos domésticos voltam do feriado podendo se ajustarem ao bom humor externo da véspera do feriado

A poucos dias da decisão do Fed, cujos membros estão em período de silêncio, a China é que concentra as atenções nesta sexta-feira pós-feriado em que a agenda tem pouco – ou quase nada – a ajudar na condução dos mercados. Por lá, bancos comerciais estatais correram para tentar reanimar a economia, após a divulgação da taxa anual da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China em maio.

A taxa subiu 0,2% em maio, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira, 9, pelo Bureau Nacional de Estatísticas (NBS). O resultado apresentou ritmo menor do que o esperado por analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,3%. Já a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da China teve queda anual de 4,6% em abril.

Sinais externos

No mercado americano, as ações subiram o suficiente para Wall Street entrar em um bom momento, em especial, com a recuperação do S&P 500. O índice subiu 0,6%, ficando 20% acima da mínima atingida em outubro do ano passado. O otimismo veio na esteira de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) manterá as taxas na faixa atual na próxima semana, após dados fracas de emprego.

A expectativa de uma abertura morna em Wall Street se junta ao CPI menor do que o esperado da China. Este novo sinal de desaquecimento global eleva as preocupações após ontem dois indicadores reforçarem essa expectativa: a contração do PIB da zona do euro no primeiro trimestre e o aumento nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA.

Mercado no Brasil

Por aqui, os ativos domésticos voltam do feriado podendo se ajustarem ao bom humor externo da véspera do feriado, em meio a expectativas de manutenção dos juros pelo Fed na semana que vem. Ao mesmo tempo, sinais de que o Banco do Povo da China está prestes a indicar queda dos juros reforçaria o otimismo interno, que ainda tem sido respaldado na estimativa de recuo da Selic em breve. Porém, renovados sinais de fraqueza, inclusive do gigante asiático, e a indicação de ajuste das bolsas

Na última quarta-feira, 7/6, o Ibovespa terminou o pregão com uma alta de 0,77% em relação ao fechamento anterior, a 115.488 pontos. O principal índice da bolsa foi impulsionado, principalmente, pela divulgação do índice de inflação (IPCA) de maio, que veio abaixo do esperado pelos especialistas.

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