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Mercado financeiro hoje: IPCA, Campos Neto e inflação na China

São esperados ainda comentários de dirigentes BCE, o relatório mensal da Opep e os números de inflação na China

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IPCA-15 de julho fica abaixo da taxa de junho. Foto: Pixabay

Nesta terça-feira, 11/6, o IPCA de maio concentra as atenções dos investidores, além de uma palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com representantes da indústria, agricultura e empresas de petróleo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban.

Na enxuta agenda de dados são esperados ainda comentários de vários dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e os números de inflação na China.

Juros americanos, inflação na Europa

Os mercados passam por ajustes moderados à espera do anúncio de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e de novos dados da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA e da China. Os índices futuros em Nova York e os juros dos Treasuries recuam moderadamente, enquanto o dólar sobe frente divisas principais.

Na Europa, investidores repercutem indicadores e comentários de dirigentes do Banco Central Europeu. No Reino Unido, a taxa de desemprego subiu para 4,4% nos três meses até abril, ante 4,3% no trimestre até março, superando a expectativa de manutenção da taxa em 4,3%. Ja o salário semanal médio britânico, excluindo-se bônus, teve avanço anual de 6% no trimestre até abril. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse hoje que o corte nas taxas de juros realizado na semana passada não significa que a inflação foi vencida. “Ainda não terminamos o ciclo restritivo da política monetária e temos de continuar o quanto for necessário para levar a inflação para a meta de 2%”, afirmou.

IPCA e impacto das enchentes no RS

Por aqui, o IPCA deve ainda nortear as expectativas de inflação e juros. O indicador oficial de preços é o primeiro a apontar os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul na inflação, em especial a de alimentos.

As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul podem levar a uma inflação mais alta e a um menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, disse o diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti. O diretor frisou que o Brasil registra uma taxa neutra de juros alta e que “a percepção do mercado sobre o fiscal piorou no passado recente”. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que o BC ainda tem o desafio de assegurar a convergência da inflação no Brasil para a meta central, de 3%, o que também depende da credibilidade da política fiscal.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou que, a partir desta terça-feira, 11, empresas afetadas pela tragédia no Rio Grande do Sul poderão solicitar crédito em uma das linhas especiais da instituição.

*Informações da Agência Estado

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