Mercado hoje: dados fiscais ficam no radar do investidor
Serão divulgados o Relatório Mensal da Dívida (RMD) de junho e o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 3º bimestre do governo federal
Com a agenda esvaziada nesta sexta-feira, 21/07, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com o presidente da Febraban, Isaac Sidney, e dados fiscais ficam no radar.
Serão divulgados o Relatório Mensal da Dívida (RMD) de junho e o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 3º bimestre do governo federal.
Ainda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do lançamento do Programa de Ação na Segurança Pública e assina atos, incluindo nova restrição do acesso a armas de fogo no país.
No exterior
Na Europa, os investidores digerem os últimos números de vendas no varejo no Reino Unido, que subiram 0,7% em junho, acima da previsão (2%) e a inflação ao consumidor (CPI) do Japão.
A taxa anual do CPI japonês avançou para 3,3% em junho, de 3,2% em maio, tanto na leitura do índice cheio quanto do núcleo, que é observado mais de perto. A meta de inflação do Banco do Japão (BoJ) é de 2%.
Segundo fontes da Reuters, o BC japonês não deverá alterar sua atual estratégia para controle da curva de juros em reunião de política monetária na próxima semana.
Sem dados americanos na agenda, os mercados devem ficar ainda na expectativa também pelas decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco Central Europeu na próxima semana, além dos dados do PIB e do índice de preços PCE dos EUA, a medida de inflação preferida pelo Fed.
O petróleo pode ter a quarta semana consecutiva de ganhos acumulados em razão das preocupações com a oferta reduzida da commodity, após os cortes de produção patrocinados pela Arábia Saudita e a Rússia, além dos sinais de fraqueza da economia da China.
No Brasil
À exceção do Ibovespa, que pode ter maior liquidez por conta do vencimento de opções, os mercados de juros e de câmbio podem operar com giro mais fraco em meio à agenda econômica escassa hoje.
O dólar forte no exterior deve trazer pressão de alta ao mercado de câmbio, mas que pode ser amenizada pelo avanço de commodities, como o petróleo.
Ontem, houve avanço dos preços dos produtos básicos, após os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA virem abaixo do esperado, reforçando apostas por aperto de 50 pb do Fed até o fim do ano, dada a resiliência do mercado de trabalho no país.
No entanto, o mercado continua precificando como majoritária a possibilidade de a taxa terminal ficar na faixa de 5,25-5,50%, após um aumento de 25 pontos-base praticamente dado como certo na reunião da semana que vem (99,8% de chance), de acordo com monitoramento do CME Group.
*Com informações da Agência Estado