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Mercado hoje: relatório Focus e comentários de dirigentes do Fed norteiam agenda

Investidores ficam atentos a comentários de quatro dirigentes do Fed, o banco central americano, após o payroll mais fraco que o esperado

Os investidores ficam atentos nesta segunda-feira, 10/07, a comentários de quatro dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), após o payroll de junho mais fraco que o esperado na sexta-feira.

Ao longo da semana, os índices de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) dos EUA em junho e o Livro Bege do Fed devem trazer mais pistas sobre a inflação e a atividade, que influenciam as decisões monetárias no país.

Também a ata da última reunião do BCE e o relatório mensal da Opep são esperados na Europa.

A temporada de balanços corporativos do segundo trimestre começa ainda nos próximos dias, com os resultados de Citi, JPMorgan, BlackRock e Well Fargo.

No Brasil, os destaques são o IPCA de junho e os dados de maio dos setores de Serviços e Varejo.

No exterior

Nos EUA, investidores se preocupam com possíveis novas altas de juros após dados fracos de inflação da China comprovarem que a recuperação do gigante asiático está desacelerando.

Dados oficiais mostram que o índice de preços ao produtor (PPI, pela sigla em inglês) da China teve queda anual de 5,4% em junho, bem maior do que o declínio de 4,6% de maio. Já o índice de preços ao consumidor (CPI) chinês, também na comparação anual, ficou estável em junho, depois de avançar 0,2% no mês anterior.

A fraqueza dos dados, no entanto, gera esperanças de que Pequim seja mais agressivo na adoção de estímulos econômicos. Em nota a clientes, economistas do banco Mizuho reviram “mais relaxamento monetário” na China “por meio de cortes tanto em compulsórios bancários quanto em taxas de juros, assim como apoio fiscal direcionado, para ajudar empreendimentos industriais”.

O relatório de empregos (payroll) de junho nos Estados Unidos apontou a criação de 209 mil empregos, um pouco abaixo do esperado, reforçando a chance de o Federal Reserve ser menos duro após a reunião de julho, quando um aumento de 0,25 ponto porcentual virou consenso.

No Brasil

A cautela em Nova York pode limitar os ajustes nos mercados locais. O movimento deve acontecer após a aprovação da reforma tributária e célere aprovação do projeto de lei que trata do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF) garantirem ganhos aos ativos locais na sexta-feira.

É esperado que o IPCA de junho, que será divulgado amanhã, registre deflação de 0,10%, após alta de 0,23% em maio, com bens industriais, alimentação no domicílio e preços administrados exercendo as maiores pressões de baixa sobre o indicador, segundo economistas.

Aprovado na Câmara dos Deputados na madrugada de sexta-feira, o texto da reforma tributária só começará a ser analisado no Senado em agosto, depois do recesso do Legislativo, assim como também os ajustes finais no arcabouço fiscal na Câmara. No Senado, já há seis nomes para relatar a reforma tributária na Casa.

O texto aprovado pelos deputados trata basicamente dos impostos sobre o consumo e um outro projeto, prometido pelo governo para este semestre, deve propor alterações para a tributação da renda, como o Imposto de Renda.

A reforma será aperfeiçoada no Senado, sobretudo com relação ao Conselho e à distribuição do Fundo de compensações financeiras aos Estados”, afirmou o senador Renan Calheiros (AL), líder da maioria no Senado.

*Com informações da Agência Estado

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