Mercado

Mercados financeiros hoje: ameaça de Trump aos BRICS traz cautela; Galípolo e fiscal ficam no monitor local

Investidores do mercado ainda acompanham dados macroeconômicos no Brasil e fora

A primeira semana de dezembro traz vários indicadores de emprego dos Estados Unidos, com destaque para o relatório oficial, o payroll, além do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Hoje são esperados índices de gerentes de compras (PMI) industrial dos EUA e eventos com o diretor do Fed, Christopher Waller e o presidente do Fed de NY, John Williams. 

No Brasil, quem fica no foco hoje é o diretor de Política Monetária e futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, que participa de dois eventos. Nos próximos dias serão divulgados o Produto Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre e a produção industrial de outubro.

Exterior

Os mercados internacionais estão em alerta após nova onda de ameaças de mais tarifas comerciais pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, desta vez mirando os países emergentes dos Brics. Com isso, as moedas emergentes e ouro caíam diante da escalada do dólar. 

Na Europa, a Bolsa de Paris opera em baixa e os juros dos títulos da dívida da França, em forte alta, ampliando o spread com o equivalente da Alemanha, em meio ao impasse sobre o orçamento. Hoje, o líder da extrema-direita, Jordan Bardella, sinalizou intenção de deflagrar uma votação para derrubar o governo do primeiro-ministro francês, Michel Barnier. 

Na China, os PMIs industriais apurados pela S&P Global e NBS ficaram acima do esperado. Para a Capital Economics, os números indicam que a segunda maior economia do planeta segue ganhando ímpeto.

Brasil

A sessão pode ser positiva para o Ibovespa nesta segunda-feira, diante do avanço do petróleo e do minério de ferro. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) brasileiro negociado em Nova York, subia 0,90% no pré-mercado por volta das 7h30. Os ADRs da Petrobrás tinham alta de 0,15% e os da Vale, de 0,51%. O mercado pode aproveitar para corrigir um pouco das fortes perdas da semana passada. As ameaças de Trump sobre tarifas aos Brics podem limitar os ganhos. 

Na sexta-feira, o dólar engatou o quarto pregão seguido de alta, fechando a R$ 6,00 pela primeira vez na história. Os juros futuros também subiram e ganharam força as apostas de um choque nos juros, com Selic terminal perto de 15%, a 14,95%, diante da escalada do risco fiscal. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na sexta-feira que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil é um compromisso de campanha de Lula e reafirmou que a proposta só será discutida em 2025. A proposta de ampliação da isenção do IR representa um impacto de R$ 35 bilhões, que será compensado, em parte, pela taxação de rendas superiores a R$ 50 mil por mês.

*Agência Estado

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