Mercados financeiros hoje: ano começa com investidores de olho em inflação alta e PIB esfriando
Economistas preveem Selic subindo para ao redor de 15% em meados do ano para conter a alta de preços, o que deve fazer o crescimento econômico diminuir à metade
Após a frustrante reviravolta no ano anterior, o investidor em ativos brasileiros começa 2025 ressabiado com um conjunto de indicadores econômicos nada animadores. A previsão média do mercado aponta para um IPCA ao redor de 5% neste ano, após um avanço estimado de 4,3% no ano passado.
Dessa forma, o Banco Central tende a continuar a escalada da taxa de juros. Agora sob o novo presidente Gabriel Galípolo e quatro novos diretores, o BC deve manter o ciclo de elevação da Selic, hoje em 12,25% ao ano, mostrou o boletim Focus.
Em relatório, o Santander previu que a taxa básica subirá até 15,5% em meados de 2025.
Enquanto isso, o Produto Interno Bruto (PIB), que deve ter crescido ao redor de 3,5% em 2024, deve diminuir a ritmo para cerca de 1,8% neste ano.
No apagar das luzes
Após o fechamento dos negócios na B3 na segunda-feira (30), último pregão do ano, algumas companhias divulgaram informações relevantes.
A Vale (VALE3) anunciou acordo com o governo federal, a companhia pagará até R$ 11 bilhões para prolongar a concessão das ferrovias de Carajás e Vitória-Minas até 2057.
Já a Gerdau (GGBR4) fechou acordo com o Cade e pagará R$ 256 milhões para encerrar uma investigação sobre irregularidades no mercado de vergalhões de aço.
E a CSN (CSNA3) relatou a compra da empresa de logística Estrela por R$ 742,5 milhões.
2024 de queda na bolsa e alta do dólar
Com suporte das ações da Petrobras, o Ibovespa terminou o último pregão de 2024 com alta de 0,01%, a 120.283 pontos. No acumulado do ano, o índice teve queda de 10,36%, maior perda desde o recuo de 11,93% em 2021.
Enquanto isso, o dólar comercial cedeu 0,22%, a R$ 6,1797. Ainda assim, a moeda norte-americana subiu 27% frente ao real em 2024. Foi a maior alta anual do dólar contra a divisa brasileira desde 2020. Assim, a moeda brasileira teve o pior desempenho do mundo entre as principais divisas no ano passado.
Já nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York tiveram expediente no dia 31 e fecharam o dia no vermelho. Contudo, o índice Dow Jones acumulou valorização de 12,9% no ano, enquanto o S&P 500 avançou 23,3% e o Nasdaq evoluiu 28,6%.
Inclui informações do jornal Valor Econômico.
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