Mercados financeiros hoje: ativos brasileiros podem buscar recuperação com exterior e de olho em Galípolo
Investidores acompanham exterior em meio a movimentações locais do BC e Galípolo
Com as contas públicas do País no foco, as atenções dos investidores focam em almoço da Febraban com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a assinatura de financiamentos do BNDES para infraestrutura e mobilidade urbana.
Serão acompanhados também os dados do setor público consolidado, a taxa de desemprego da Pnad Contínua e o relatório da dívida do Tesouro. Assim como a Aneel divulga a bandeira tarifária de dezembro.
Já no exterior, os mercados nos EUA operam em meia-sessão em dia de Black Friday. Estão programados ainda resultados de PIB de Portugal, Índia, Canadá e discurso do dirigente do BCE, Luis de Guindos.
Exterior
Na volta do feriado de Ação de Graças, os índices futuros de ações em Nova York avançam de olho na dinâmica do varejo em meio à liquidez reduzida antes do fim de semana. O dólar cai e os rendimentos longos dos Treasuries operam nos menores níveis desde outubro com a perspectiva de cortes de juros por parte do Federal Reserve em dezembro e às necessidades de compra de fim de mês de papéis do Tesouro por algumas instituições.
Na Europa, as bolsas têm viés de baixa em meio a indicadores mistos. As vendas no varejo na Alemanha decepcionaram em outubro, enquanto o crescimento de 0,4% do PIB da França no terceiro trimestre veio acima do segundo trimestre (0,2%), impulsionado pelos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris, e alta da inflação ao consumidor (CPI) em novembro na zona do euro ficou abaixo da previsão.
Brasil
O ambiente positivo em Nova York e a alta do minério de ferro na China podem ajudar a conter o mau humor na B3 com o pacote fiscal. Os investidores devem repercutir também os sinais hawkish de política monetária do futuro presidente do BC Gabriel Galípolo, após o dólar bater os R$ 6 e algumas taxas de juros tocarem os 14%.
O mercado observa também com atenção a escolha dos novos diretores do Banco Central. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o presidente Lula já definiu os nomes, que serão enviados ao Senado em breve. Costa atribuiu ao BC a responsabilidade pela alta do dólar, que o governo deve explicar as medidas e que o dólar vai baixar.
“Estamos em contagem regressiva para ter não um Banco Central que seja com olhar para o Executivo, mas um Banco Central que tenha um olhar para o Brasil”, acrescentou.
O dólar fica ainda sob influência da queda externa da divisa e dos rendimentos dos Treasuries em meio à disputa técnica em torno da última taxa Ptax mensal.
*Agência Estado
Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3. Se já é investidor e quer analisar todos os seus investimentos, gratuitamente, em um só lugar, acesse a Área do Investidor.