Mercado

Mercados financeiros hoje: aversão a risco com isenção do IR pode persistir mesmo com coletiva do pacote fiscal

Investidores acompanham entrevista coletiva sobre pacote fiscal e isenção do IR em dia de feriado nos EUA

As atenções ficam concentradas nesta quinta-feira na coletiva sobre o pacote de cortes de gastos no Brasil. O feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos reduz a liquidez nos mercados globais. Na agenda do dia, o diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de evento do Esfera Brasil, em São Paulo. No radar fica ainda o IGP-M de novembro. Na Alemanha tem o índice de preços ao consumidor (CPI) de novembro.

Exterior

As bolsas europeias registram ganhos nesta manhã mas, sem Nova York, os mercados em geral tendem a ter uma liquidez menor. Na zona do euro, o sentimento econômico em novembro ficou em 95,8, levemente acima da previsão de 95,3. Os negócios em Wall Street reabrem amanhã por meio período.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, avaliou que uma guerra tarifária entre EUA e Europa pode impulsionar levemente a inflação no curto prazo. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor elevadas tarifas a produtos importados, incluindo os da Europa.

O iene recua após subir ontem com apostas de um novo eventual aperto monetário e o dólar também está mais forte ante a libra e o euro. Mas a moeda americana cai ante o peso mexicano, rublo russo, lira turca e dólar canadense. Na Coreia do Sul, o BC promoveu um corte inesperado de juros nesta quinta-feira para dar suporte à economia.

Brasil

A reação dos mercados hoje ao anúncio do pacote de cortes de gastos de R$ 70 bilhões pode ser moderada e vai depender também do que for falado na coletiva, após um dia de nervosismo ontem com a proposta de isenção de Imposto de Renda (IR) até R$ 5 mil. O envio do projeto de lei, no entanto, deve ficar para 2025.

A medida deve beneficiar com isenção quem ganha até R$ 5 mil e redução para quem ganha entre R$ 5 mil a R$ 7,5 mil. Já a taxação de renda mais alta será progressiva para quem tem renda total acima de R$ 50 mil por mês. Ontem o dólar fechou no maior valor nominal da história, a R$ 5,9135 (+1,81%) e a sessão pode ser de volatilidade com a disputa pela formação da Ptax de novembro. As apostas de choque nos juros ganham força e ontem a curva já precificava altas de 100 pontos-base da Selic nas próximas reuniões e Selic terminal em 14,25%.

*Agência Estado

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