Mercado

Mercados financeiros hoje: balanços e dados de atividade guiam exterior; IPCA-15 é destaque local

Prévia da inflação no Brasil voltou a acelerar em outubro e ficou acima das expectativas do mercado

O IPCA-15 e os índices de gerentes de compras (PMIs) preliminares de outubro dos Estados Unidos são os principais indicadores desta quinta-feira. Uma coletiva de imprensa do G20, em Washington, com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve concentrar as atenções no início da tarde. Também o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, fala em dois eventos com investidores na capital americana. Vale, Suzano e Multiplan divulgam balanços no fim do dia.

Exterior

O dólar cai ante rivais e moedas emergentes, com um alívio nos juros dos Treasuries, após três dias de alta das taxas por incertezas com os cenários eleitoral e de política monetária dos EUA. Os futuros de Nova York estão difusos com balanços mistos. O Dow Jones futuro é pressionado pela queda de 4,5% da IBM, enquanto o Nasdaq futuro avança com o salto de 11,2% da Tesla no pré-mercado. Na reta final das eleições, uma nova pesquisa da Quinnipiac University mostra a democrata Kamala Harris empatada com o republicano Donald Trump em Michigan e Wisconsin. Na Europa, as bolsas e o euro se valorizam após PMIs positivos da zona do euro e Alemanha e também de alguns resultados corporativos, como de Renault, Unilever e Barclays.

Brasil

O ambiente positivo nas bolsas ocidentais e a alta de mais de 1,5% do petróleo podem dar tração ao Ibovespa. Apesar da queda de 0,26% do minério de ferro em Dalian, na China, o ADR da Vale subia 0,38% no pré-mercado em NY antes do balanço trimestral, e o da Petrobras ganhava 0,81% às 7h08. A queda dos retornos dos Treasuries pode amenizar os ajustes no câmbio e juros, mas a indefinição fiscal no Brasil ainda pressiona o real e a curva de juros. Campos Neto avaliou ontem que não há elementos que apontem para um quadro de dominância fiscal no Brasil, mas é preciso observar os sinais. Ele destacou a necessidade de a instituição ter credibilidade em sua comunicação para diminuir o prêmio de risco e defendeu a harmonia entre as políticas fiscal e monetária como o caminho para reduzir juros estruturalmente.

*Agência Estado