Mercado

Mercados financeiros hoje: bolsas da Europa sobem à espera de decisão do BCE

Expectativa é de manutenção dos juros na zona do euro; no Brasil, agenda econômica é fraca nesta quinta-feira

O desfecho da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e a entrevista da presidente da instituição, Christine Lagarde, são os pontos mais aguardados da agenda desta quinta-feira. Nos Estados Unidos, serão divulgados discursos da presidente do Federal Reserve (Fed) de Dallas, Lorie Logan, e da diretora Michelle Bowman. O balanço trimestral da Netflix também é esperado. Aqui, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com os principais ministros da área econômica para discutir contenção de gastos para cumprir as regras fiscais. O Ministério da Fazenda divulga o Boletim Macrofiscal, com novas projeções para indicadores como PIB e inflação.

Exterior

As bolsas sobem na Europa nesta manhã, à espera de que o BCE mantenha os juros estáveis em 3,75%, sinalize que a instituição continua dependente de dados econômicos para adotar suas decisões e não sinalizará quando o próximo corte de juros ocorrerá. Mas analistas esperam que um corte de juros na zona do euro, de 25 pontos-base, possa vir em setembro, mesmo mês que o Fed poderá dar início ao afrouxamento monetário.

Nos EUA, os futuros de Nova York operam divergentes e o cenário político fica sob os holofotes com as eleições presidenciais. As ações da Nvidia e de outros fabricantes de chips operam em alta no pré-mercado de Nova York, se recuperando parcialmente dos tombos que sofreram nos negócios à vista de ontem.

O presidente dos EUA, Joe Biden, está com covid e horas antes de testar positivo ele havia dito que reavaliaria sua candidatura caso os médicos dissessem que ele tem algum problema de saúde. E após o atentado do último sábado contra Donald Trump, a percepção é de que cresceu a chance de ele não somente conquistar a presidência, mas formar maioria na Câmara e no Senado. Segundo o UBS, o pacote econômico de Trump, com aumento de barreiras comerciais, é inflacionário, e a promessa de cortar impostos pode elevar mais o déficit fiscal do país, pressionando a curva de juros e fortalecendo o dólar. Ao mesmo tempo, Trump precisa do dólar fraco para poder ter chances de vencer a China na competição pelo comércio internacional.

Brasil

Em dia de agenda local fraca, as atenções devem se concentrar no exterior, especialmente na decisão do BCE e discursos de dirigentes do Fed. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, subia 0,17% no pré-mercado por volta das 7h30. Os ADRs da Vale subiam 0,62%, apesar da queda de 0,92% do minério de ferro. As ações da Petrobrás ficam no radar diante da notícia de que a estatal e o fundo Mubadala, que controla a Acelen, empresa dona da refinaria de Mataripe (BA), avançaram nas negociações para a volta da estatal ao controle da unidade, vendida em 2021.

*Agência Estado

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