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Mercados financeiros hoje: bolsas mistas em meio a petróleo em alta, deflação na China e início de temporada de balanços

No Brasil, valorização do petróleo e dados melhores da balança comercial na China podem sustentar Ibovespa

Números sendo mostrados em uma tela
Os pontos da bolsa ajudam o investidor a tomar decisões, servindo como referência para as carteiras. Foto: Adobe Stock

Nesta sexta-feira de agenda esvaziada no Brasil é dada a largada na temporada de balanços do quarto trimestre dos Estados Unidos com bancos, entre eles Bank of America (BofA), Citi e JPMorgan. Ainda no país são esperados a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) e discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Minneapolis, Neel Kashkari. O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, também fala em evento.

Petróleo sobe, bolsas asiáticas caem e Europa tem dia mais otimista

A disparada de mais de 4% do petróleo se sobressai nesta sexta-feira, após ataques de forças militares dos Estados Unidos e Reino Unido a alvos de militantes do grupo Houthi, que atua no Iêmen e tem o apoio do Irã. A ação militar ocorreu dias após uma série de ataques dos rebeldes a navios no Mar Vermelho, o que inviabilizou uma das principais rotas comerciais globais.

Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em queda diante do temor com a tendência deflacionária na China. O CPI caiu 0,3% na margem, na terceira queda consecutiva, enquanto o PPI recuou 2,7% no mesmo período, o 15º declínio seguido. Os números ofuscaram o desempenho melhor do que o esperado das exportações chinesas.

As bolsas europeias têm alta firme, em meio a uma melhora na perspectiva de cortes de juros na zona do euro. Ontem, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que a “parte mais difícil” no combate à inflação provavelmente ficou para trás. Os futuros de Nova York estão mistos. No Reino Unido, a produção industrial cresceu 0,3% em novembro ante outubro de 2023, abaixo da expectativa de analistas (0,5%).

Petróleo e China podem sustentar Ibovespa

A disparada do petróleo e números melhores da balança comercial chinesa podem amparar o Ibovespa antes do PPI americano, embora a fraqueza dos futuros de Nova York seja um fator limitante. Os Adrs da Petrobras subiam 0,96% e os da Vale, 0,20% no pré-mercado em NY, enquanto o EWZ, principal fundo de índice (Exchange Traded Fund, ETF) brasileiro negociado em NY, subia 0,38%.

A agenda local sem nada relevante também pode limitar o apetite a risco. A política segue no radar. O Centrão, grupo liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quer derrubar um veto do presidente Lula e blindar o dinheiro das apostas esportivas no Ministério do Esporte, comandado por André Fufuca (PP). Uma regra incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 proíbe Lula de cortar (contingenciar, no jargão técnico) qualquer centavo que o ministério arrecadar com as loterias no País

*Agência Estado