Mercado

Mercados financeiros hoje: Campos Neto pede choque fiscal e bets ficam no radar

No exterior, cautela quanto à escalada de conflito no Oriente Médio prevalece

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de dois eventos nesta quinta-feira e fica no foco dos mercados. O presidente Lula se reúne com ministros para tratar da regulamentação das bets e o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, comenta o resultado do Governo Central, já antecipado pelo Tesouro na segunda-feira. Nos Estados Unidos, na véspera da divulgação do relatório oficial de emprego, o payroll, ficam no radar os pedidos de auxílio-desemprego e índices de gerentes de compras (PMIs) de serviços, além de discurso do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic.

Exterior

Os futuros de Nova York operam em queda, assim como a maioria das bolsas europeias, que são pressionadas por ações de tecnologia e do setor automotivo. A escalada dos conflitos no Oriente Médio, entre Israel e Irã, limita o apetite do investidor e o petróleo dispara pela terceira sessão consecutiva. No Reino Unido, o dólar sobe mais ante a libra após o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, dizer em entrevista ao The Guardian que o BC britânico poderá ser “um pouco mais agressivo” no corte de juros se o noticiário sobre a inflação no Reino Unido se mantiver positivo. A libra tinha reduzido pontualmente perdas mais cedo com o PMI de serviços do Reino Unido abaixo das expectativas. Na zona do euro, o PMI de serviços caiu a 51,4 em setembro, mas ficou acima da prévia.

Brasil

O exterior pode amparar cautela nos ativos locais. O principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) do Brasil em NY caía 0,30% no pré-mercado perto das 7h30. Os mercados também repercutem declarações de Campos Neto em meio às persistentes preocupações com o quadro fiscal. A autoridade monetária disse ontem à noite que o Brasil precisa de algum choque fiscal se quiser conviver com juros baixos. Segundo ele, as expectativas de inflação estão desancoradas e é importante fazer com que a taxa real neutra de juros do Brasil caia. Ele também manifestou preocupação com aumento da inadimplência nas família por gastos com as bets. O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu de uma ação de controle para acompanhamento do impacto das bets no poder de compra das famílias. De acordo com o BC, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram cerca de R$ 3 bilhões em “bets” via Pix em agosto.

*Agência Estado

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