Mercado

Mercados financeiros hoje: Campos Neto, PL de fundos e presidente de Petrobras seguem no foco

No exterior, investidores ajustam posições antes do feriado nos Estados Unidos

Campos Neto também negou que tenha concordado em apoiar a adoção de uma meta de inflação mais alta. Foto: Reprodução/TV Cultura

Palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no Senado é destaque na agenda interna, além de debate com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, promovido pela Secretaria de Política Econômica, e com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, no Fórum de Brasília.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da cúpula virtual do G20, de evento do Novo Minha Casa, Minha Vida e terá outro encontro com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

No Congresso, foram adiadas, de ontem para hoje, as votações dos projetos de lei dos fundos exclusivos e offshore e das apostas esportivas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

A divulgação da PNAD Contínua do terceiro trimestre e do relatório bimestral de receitas e despesas do governo também será acompanhada pelos mercados. Ainda, alguns dados americanos devem movimentar os negócios, como auxílio-desemprego, sentimento do consumidor e expectativas de inflação, antes do feriado de Ação de Graças nos EUA, nesta quinta-feira.

Exterior misto antes de feriado

Os índices futuros de Nova York exibem ligeira antes do feriado, mas o Nasdaq futuro recua, após o balanço da Nvidia apontar ampliação de vendas a um nível recorde, mas alertar para os riscos na China. A OpenAI anunciou também a volta de Sam Altman ao cargo de CEO, após uma controversa decisão do Conselho de demiti-lo na sexta-feira passada.

Os juros dos Treasuries seguem sem direção única, mas o dólar sobe na esteira da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Segundo o documento, os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) não descartam a possibilidade de mais aperto monetário à frente, caso não haja progressos no processo de retomada da estabilidade de preços. Ainda assim, o mercado mantém a aposta majoritária de que o Fed não voltará a subir juros no ciclo atual e começará a cortá-los a partir de maio do ano que vem, conforme indica monitoramento do CME Group.

Na Europa, o tom positivo predomina, mas a bolsa de Londres passou a cair levemente em meio ao compasso de espera pela atualização de outono do quadro orçamentário britânico. Os preços do petróleo cedem, após três sessões de ganhos acumulados, na esteira do acordo entre Israel e o grupo palestino extremista Hamas para libertação de 50 reféns, em troca de um cessar-fogo de 4 dias. Apesar da trégua, os israelenses enfatizaram que o conflito continuará para assegurar a “eliminação” do Hamas.

No Brasil, mercado fica de olho em Brasília

Os investidores começam a quarta-feira de olho em palestra de Campos Neto, antes da abertura dos mercados, após ele passar uma mensagem otimista sobre novos corte de juros, em entrevista à TV Bloomberg, o que pode animar a Bolsa e o mercado de renda fixa. Mas o mercado de câmbio poderá ser influenciado pelo avanço do dólar ante divisas rivais e várias emergentes ligadas a commodities em manhã de queda do petróleo.

Também a possibilidade de reajuste de combustíveis e a pauta econômica do governo no Congresso ficam no radar. O presidente Lula demonstrou nesta terça-feira ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ao ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) e demais presentes em reunião no Palácio do Planalto que não gostou das discussões públicas sobre os preços dos combustíveis.

Na Câmara, o relator da Lei de Diretrizes e Orçamentárias (LDO) de 2024, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), sinalizou nesta terça-feira, 21, que deve acatar uma emenda que permite o uso de dinheiro público para bancar passagens e diárias para ministros de Estado e do Supremo Tribunal Federal (STF) irem de Brasília, onde trabalham, para os locais onde residem, sem necessidade de terem compromissos oficiais relacionados aos respectivos cargos.

Em relação aos projetos da equipe econômica para ampliar a arrecadação e cumprir a meta fiscal de déficit primário zero em 2024, os senadores de partidos da base de apoio ao governo alertaram interlocutores do Palácio do Planalto de que o projeto de lei que taxa os fundos offshore e exclusivos não terá clima tão favorável para ser votado no Senado. J á o relator da reforma tributária na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB), deve se reunir na próxima semana com o presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), e líderes partidários para discutir o texto. De acordo com líderes partidários, Lira deve convocar sessões deliberativas virtuais nas segundas e sextas-feiras para contar os prazos da apreciação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da tributária. A ideia é aprovar tudo ainda este ano

*Agência Estado

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